Benedito Calixto de Jesus (Conceição de Itanhaém, SP, 1853 - São Paulo, SP, 1927). Pintor, professor, historiador, ensaísta. Transfere-se para Brotas, interior de São Paulo, onde adquire noções de pintura com o tio Joaquim Pedro de Jesus, ao auxiliá-lo na restauração de imagens sacras de uma igreja local. Calixto realiza a primeira individual em 1881, na sede do jornal Correio Paulistano, em São Paulo. Muda-se para Santos, trabalha na oficina de Tomás Antônio de Azevedo, e é incumbido da decoração do teto do Theatro Guarany. Em 1883, viaja a Paris para estudar desenho e pintura, com recursos concedidos pelo visconde Nicolau Pereira de Campos Vergueiro. Freqüenta o ateliê de Jean François Raffaëlli (1850-1924) e a Académie Julian, e convive com os pintores Gustave Boulanger (1824-1888), Tony Robert-Fleury (1837-1911) e William-Adolphe Bouguereau (1825-1905), entre outros. Retorna ao Brasil em 1884, trazendo uma câmera fotográfica, que passa a utilizar para elaborar suas composições. Reside em Santos e posteriormente em São Vicente. Produz inúmeras marinhas, em que representa o litoral paulista. No começo do século XX, realiza diversos painéis de temas religiosos para igrejas na capital e interior do Estado de São Paulo. Pinta vistas de antigos trechos das cidades de São Paulo, Santos e São Vicente para o Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP/USP), por encomenda do diretor do museu o historiador Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Dedica-se também a estudos históricos da região e à preservação de seu patrimônio, e publica, entre outros, os livros A Vila de Itanhaém, em 1895, e Capitanias Paulistas, em 1924.
Comentário Crítico
Benedito Calixto manifesta, desde muito jovem, a tendência para a pintura. Em 1881, passa a residir em Santos, cidade que lhe serve de inspiração para vários quadros. Com uma bolsa concedida pela cidade de Santos, viaja para Paris, onde permanece menos de um ano, trazendo de lá um equipamento fotográfico. É com o quadro Enchente na Várzea do Carmo, ca.1892, que o artista consegue maior destaque: a crítica da época aponta a exatidão admirável com que representa a cidade de São Paulo e alguns de seus principais pontos, como o mercado, a rua 25 de março, a fábrica de chitas e o casario do Brás.
O artista realiza diversas obras para o Museu Paulista, sob encomenda de Afonso d´Escragnolle Taunay, sobretudo cenas da São Paulo antiga e paisagens, sendo que algumas foram baseadas em desenhos de Hercule Florence (1804-1879) ou em fotografias de Militão Augusto de Azevedo (1837-1905), entre outros. Para seus quadros históricos e religiosos, como Fundação de São Vicente, 1900 ou Fundação de Santos, 1922, realiza estudos fotográficos preparatórios, para os quais se vale de minuciosa pesquisa histórica.
As paisagens são a temática mais cara ao artista. Nessas obras, apresenta uma pintura lisa, com o uso de veladuras e um colorido sempre fiel às características locais, embora trabalhado de maneira bastante pessoal no uso dos verdes, azuis e ocres.
Benedito Calixto, que dispunha de amplo conhecimento sobre o litoral paulista, atua ainda como cartógrafo, realizando ensaios de mapas de Santos, e como historiador, escrevendo sobre as capitanias paulistas.
Referência: Itaú Cultural
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Argentino nascido em Buenos Aires em 21 de janeiro de 1923. Autodidata.
A sua preferência pelo desenho leva-o a persistir nesta disciplina através de várias técnicas, de preferência a carvão e nanquim. A entrada na cor é feita por meio de aquarela e têmpera, até chegar ao seu trabalho de cavalete pelo procedimento a óleo. Estudou as escolas impressionista e expressionista, combinando entre elas uma forma original que o caracterizou de forma conclusiva.
Ele é apresentado para consideração pública em 1951 no Salão dos Independentes, na Galeria Rose Marie, Witcomb, etc., seus trabalhos sendo recebidos com comentários favoráveis da crítica. Em 1957, realiza a sua primeira individual na Galeria Van Riel e realiza 49 exposições desta natureza até 1986, além de 238 coletivas. Entre 1956 e 1964 participou em 14 Salões Nacionais e Provinciais, interrompendo nesta última data a sua participação neste tipo de eventos. Obtém primeiros prêmios em exposições privadas.
Em 1956 recebeu o "Prêmio ao melhor Esboço" Seção de Desenho do 45º Salão Nacional de Artes Plásticas (Capital), bem como em 1973 o "Louro da Primavera" junto com o professor Diomede na Galeria dos Pintores Argentinos do Teatro do Povo.
Participou, junto com figuras proeminentes do plástico nacional, de exposições no Canadá, EUA, Londres, Romênia, Lima, Itália (Montecatini), México, Guatemala, Universidades de Viena e Estocolmo, Cidade Universitária de Paris e Colégio Prefeito Argentino de Madrid, conquistando julgamentos críticos louváveis.
Está representada nas principais galerias de arte privadas nacionais argentinas, nas do Brasil, Chile, Estados Unidos, Espanha, Uruguai, Japão, Israel, Alemanha e Itália, na Direção Geral de Serviços Sociais do Ministério das Finanças da Nação , Museu de Belas Artes Pergamino Arts, Museu "Estanislao Guzmán Loza" de Miramar, Museu de Belas Artes La Boca, Museu de Belas Artes "Ceferino Carnacini" de Villa Ballester, Museu de Artes Plásticas Moreno, Museu de Belas Artes "General Urquiza" (Capital), bem como na Embaixada da Argentina em Ottawa (Canadá), Instituto Nacional de Cultura de Lima (Peru),Secretaria de Relações Exteriores do México, Cidade Universitária de Paris, Academia de Arte Montecatini (Itália), Embaixada Argentina na Guatemala, Museu de Arte Argentina de Pinamar, Museu Municipal de Arte "Angel María de Rosa" (Junín) e Museu Provincial de Artes de La Pampa.
Traduzido do site: http://www.bernardofontanet.com.ar/castellano/curriculum.htm
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Bruno Giorgi (Mococa, São Paulo, 1905 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993). Escultor. Muda-se com a família para Itália, e fixa-se em Roma em 1913. Em 1920, inicia estudos de desenho e escultura com o professor Loss. Participa de movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão. É extraditado para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália. Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira (1904 - 1943) e Alfredo Volpi (1896 - 1988). Em 1937, viaja para Paris e freqüenta as academias La Grand Chaumière e Ranson, onde estuda com Aristide Maillol (1861 - 1944). Em 1939, retorna a São Paulo e convive com Mário de Andrade (1893 - 1945), Lasar Segall (1891 - 1957), Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Sérgio Milliet (1898 - 1966), entre outros. Começa a praticar desenho de modelo-vivo e pintura com os artistas do Grupo Santa Helena e integra a Família Artística Paulista (FAP). Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro Gustavo Capanema (1900 - 1985) instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha, onde orienta jovens artistas como Francisco Stockinger (1919). Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde (MES), atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos (1960), na praça dos Três Poderes, e Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
BRUNO Giorgi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8920/bruno-giorgi>. Acesso em: 26 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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