Caciporé de Sá Continho da Lamare Torres (Araçatuba, São Paulo, 1935). Escultor, desenhista e professor. Viaja para a Europa através de bolsa de estudos que recebe na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, de 1951, e durante dois anos freqüenta os ateliês de escultura de Marino Marini (1901-1980) e Alexander Calder (1898-1976). Retorna ao Brasil em 1953, participa de exposições, e posteriormente, regressa à Europa. Em 1954, estuda história da arte na Sorbonne, Paris, e trabalha em ateliê durante 4 anos, período em que desenvolve obra de caráter abstracionista. Passa a construir formas maciças orgânicas e geométricas, utilizando peças metálicas de aparência industrial, como o aço, bronze e ferro. Muitas dessas esculturas são feitas em grandes dimensões e integram museus e espaços públicos de diversas cidades, como as obras na Praça da Sé, metrô Santa Cecília, e painel escultórico em Miami, Estados Unidos. Entre 1961 e 1971, leciona escultura na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e, a partir de 1971, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambas em São Paulo. Em 1970, é eleito presidente da Associação Internacional de Artes Plásticas/Unesco, e, em 1980 e 1982, melhor escultor brasileiro pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). É agraciado com a Comenda Mário de Andrade pelo Governo do Estado de São Paulo, na gestão de Paulo Egydio Martins.
CACIPORÉ Torres. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21475/cacipore-torres>. Acesso em: 08 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Alberto Caetano Dias Rodrigues (Feira de Santana, Bahia, 1959). Artista visual. Cursa letras vernáculas na Universidade Católica do Salvador, entre 1985 e 1987. O início de sua carreira artística é marcada pela participação no Grupo Interferências, com realização de murais em espaços públicos em Salvador. Em 1988, realiza a performance Hormônios de uma Cidade, no Teatro do ACBEU e uma pintura mural na Praça de Oxum/Terreiro Casa Branca. Desde 1995, ministra curso de pintura nas oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA). Atualmente, sua obra não privilegia um suporte ou técnica, trabalha com vídeo, pintura, obras tridimensionais, instalação multimídia e fotografia digital.
CAETANO Dias. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa26794/caetano-dias>. Acesso em: 12 de Mai. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Diógenes Campos Ayres (Itapetininga SP 1881 - São Paulo SP 1944). Pintor, desenhista. De família do interior paulista, começa a pintar como autodidata em Avaré, São Paulo. Expõe pela primeira vez em 1906, na Casa Bevilácqua, em São Paulo. Em 1909 torna-se bolsista do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, regulamentado em 1912, e viaja para Paris. Estuda de 1909 a 1910 na Académie Julian, com Tony Robert-Fleury (1837-1912), pintor de retratos e composições históricas, presidente da Sociedade dos Artistas Franceses, Paul Albert Laurens (1870-1934) e Henri Paul Royer (1869-1938), integrante da chamada Escola de Nancy - interessada na representação das tradições regionais e na vida fora dos grandes centros urbanos -, que expõe diversas vezes no Brasil. Nas aulas, Ayres exercita os habituais estudos de figura, mas é nos passeios nos arredores de Paris que busca paisagens para seus quadros. Faz frequentes visitas ao Musée du Louvre [Museu do Louvre], onde observa os paisagistas franceses do século XIX, em especial Jean-Baptiste-Camille Corot. Em 1914 retorna ao Brasil e em maio desse ano apresenta individual na Casa Mascarani, em São Paulo. Expõe em junho de 1917, na Casa Verde. Em fevereiro de 1919, participa da exposição Autos, na Casa di Franco, loja de instrumentos musicais, também em São Paulo, quando desperta a atenção de Monteiro Lobato (1882-1948), que lhe dedica um artigo elogioso no jornal O Estado de S. Paulo.
CAMPOS Ayres. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21310/campos-ayres>. Acesso em: 22 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Candido Portinari (Brodósqui, São Paulo, 1903 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1962). Pintor, gravador, ilustrador e professor. Portinari caracteriza-se como um artista que muda suas técnicas ao longo do tempo, mas mantém como temática o homem brasileiro e as questões sociais e históricas que o determinam.
O pintor inicia sua formação artística na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, em 1920. Obtém o prêmio de viagem ao exterior em 1928 e segue para a Europa no ano seguinte, episódio crucial em sua trajetória artística. Lá, conhece as obras dos mestres italianos Giotto (ca.1266-1337) e Piero della Francesca (ca.1415-1492), além de importantes nomes da cena europeia da época, como o artista plástico italiano Amedeo Modigliani (1884-1920) e o pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973). Todos esses artistas têm grande influência na obra de Portinari em diferentes momentos de sua carreira.
Retorna ao Brasil no início de 1931 e passa a produzir com intensidade. No começo da carreira, Portinari tem a intenção de criar uma pintura de característica nacional, baseada em tipos brasileiros, seguindo o legado do pintor Almeida Júnior (1850-1899). Porém, para o escritor Mário de Andrade (1893-1945), em grande parte de suas pinturas, Portinari não está preocupado em retratar determinado brasileiro (como faz Almeida Júnior no fim do século XIX), mas o povo brasileiro. Assim, Portinari supera o regionalismo de Almeida Júnior e produz uma obra com um caráter nacional e moderno, não apenas pelos temas tratados, mas também por suas grandes qualidades plásticas, o que vai ao encontro das ideias de Mário de Andrade e do movimento modernista brasileiro.
Os quadros O Mestiço e Lavrador de Café (ambos de 1934) são exemplos dessa figura do brasileiro retratada por Portinari. Neles, os personagens são pintados em composições monumentais, e predominam tons de marrom da paisagem, na qual se destacam os campos cultivados ao fundo. Também em Café (1935), a figura humana adquire formas escultóricas robustas, com o agigantamento de mãos e pés, recurso que reforça a ligação dos personagens com o mundo do trabalho e da terra. Esta obra rende ao pintor um prêmio do Carnegie Institute, de Pittsburgh, Estados Unidos, em 1935, e ele se torna o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior.
Portinari é um artista reconhecido não apenas por seus quadros, mas também por seus famosos murais em prédios e monumentos importantes. Em 1936, realiza seu primeiro mural, que integra o Monumento Rodoviário da Estrada Rio-São Paulo. Em seguida, convidado pelo então ministro Gustavo Capanema (1900-1985), pinta vários painéis para o novo prédio do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Rio de Janeiro, com temas dos ciclos econômicos do Brasil. Em 1941, pinta os painéis para a Biblioteca do Congresso em Washington D.C., Estados Unidos, com temas da história do Brasil. Realizados em têmpera, com grande luminosidade, os painéis têm como protagonistas, mais uma vez, os trabalhadores.
Ainda na década de 1940, depois de ver Guernica (1937), de Picasso, no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), a admiração de Portinari pela obra do pintor espanhol, presente desde o início da carreira, é renovada. O trabalho de Portinari passa, então, a apresentar mais dramaticidade, expressando a tragédia e o sofrimento humano, e adquire caráter de denúncia em relação a questões sociais brasileiras, reveladas em obras como as da Série Bíblica (1942-1944) e Os Retirantes (1944-1945).
Na Série Bíblica, em telas como O Último Baluarte (1942) e O Massacre dos Inocentes (1943), a influência de Picasso pode ser percebida no uso dos tons de cinza, na teatralidade dos gestos, na criação de um espaço abstrato, na deformação pronunciada e no choque constante entre figura e fundo.
Já na Série Os Retirantes, os elementos expressionistas continuam presentes, mas com uma dramaticidade mais controlada. As telas são construídas com pinceladas largas e em composições piramidais, apresentando uma paleta dominada por tons terrosos e cinza, que realçam o caráter da representação. O artista expressa a tragédia dos retirantes por meio dos gestos crispados das mãos e das lágrimas de pedra. Há uma desarticulação das figuras, em um ritmo definido pelas linhas negras, com um fundo que tende à abstração em algumas obras.
Em 1956, Portinari inaugura os painéis Guerra e Paz (1953-1956), produzidos para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, pelos quais recebe o Prêmio Guggenheim no mesmo ano. Esses murais apresentam um resumo da trajetória do artista, em termos de iconografia: neles estão presentes a mãe com o filho morto, os retirantes e os meninos de Brodósqui.
Em 1979, seu filho João Cândido Portinari (1939) implanta o Projeto Portinari, que reúne um vasto acervo documental sobre a produção, a vida e a época do artista, com o objetivo de resgatar mais de 4.600 obras de Candido Portinari, que constituem, em sua grande maioria, coleções particulares, inacessíveis ao grande público.
Candido Portinari é um dos maiores expoentes da arte brasileira, não apenas por suas qualidades artísticas e pelo seu reconhecimento internacional, mas, principalmente, por contribuir com a fundação de uma cultura nacional no Brasil. Sua obra é ao mesmo tempo singular, ao retratar as mazelas sociais brasileiras, e universal, ao retratar o sofrimento humano.
CANDIDO Portinari. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10686/candido-portinari>. Acesso em: 16 de Fev. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Carlos Alberto de Araújo Filho (São Paulo SP 1950). Pintor, desenhista, litógrafo. Inicia em 1963 estudos autodidáticos com o painel Alegoria ao Carnaval. Entre 1971 e 1975 cursa engenharia na Universidade Mackenzie, em São Paulo. Em 1973, é convidado a participar da exposição Imagens do Brasil, em Bruxelas. No ano seguinte, faz a primeira exposição individual, no Masp, local em que realiza outras exposições. Além da pintura, trabalha outras técnicas, como desenho e litografia. Lança em Paris, em 1989, o livro de litogravuras Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Na sua obra observam-se elementos da pintura renascentista. No decorrer de sua carreira, realiza diversas exposições individuais e coletivas, no Brasil e exterior. Em 1980, o painel Anunciação, de sua autoria, é enviado pelo governo brasileiro ao Papa João Paulo II. Em 1984, é premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA.
CARLOS Araújo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8934/carlos-araujo>. Acesso em: 27 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
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Nasceu em Goiás a 07 de janeiro de 1959 e desde a sua primeira infância mora em Brasília. Aqui trabalha como arquiteto e artista plástico. Tem as duas formações pela Universidade de Brasília somados à vivência em ateliês de outros artistas, viagens e workshops. Depois de participar com destaque em vários eventos e exposições de caráter local, nacional e internacional com premiações e reconhecimento da crítica, Borges se destaca também nas intervenções de grande porte, usando seus conhecimentos de arquiteto. Pode-se destacar a instalação "Sentinela", no centro antigo de São Paulo e as 27 pinturas na instalação "Grande Paisagem", uma metáfora visual com as bandeiras do Brasil, no Salão Negro do Congresso Nacional em Brasília. O trabalho de Carlos Borges transita num universo de criação em constante metamorfose, não se prendendo a limites, fórmulas ou materiais específicos, colocando todos estes a serviço de suas necessidades estéticas na materialização de um "mundo" próprio, povoado de cores, formas e intrigante tridimensionalidade
Texto retirado de: https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Carlos%20Borges/
CARLOS FAJARDO (NASCEU EM: 1941 EM SÃO PAULO)
CONHECIDO POR SUA OBRA QUE TRANSITA ENTRE PINTURA, ESCULTURA E INSTALAÇÃO. FOI MEMBRO FUNDADOR DO GRUPO REX E DA ESCOLA BRASIL, AMBOS MARCOS NA ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA. DESDE 1983, É PROFESSOR NA ECA-USP E PRODUZIU TRABALHOS QUE EXPLORAM QUESTÕES DE MATERIALIDADE, SUPERFÍCIE E TRIDIMENSIONALIDADE. PARTICIPOU DE QUATRO EDIÇÕES DA BIENAL DE SÃO PAULO E DUAS DA BIENAL DE VENEZA, ALÉM DE EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS. RECEBEU PRÊMIOS COMO A BOLSA VITAE E O PRÊMIO PRICE WATERHOUSE (MAM-SP), E SUA OBRA INTEGRA ACERVOS DE MUSEUS RENOMADOS.
https://www.escritoriodearte.com/artista/carlos-fajardo
www.catalogodasartes.com.br/artista/Carlos%20Fajardo%20-%20Carlos%20Alberto%20Fajardo/
https://www.sp-arte.com/artistas/carlos-fajardo/
Carlos Haraldo Sorensen (Bauru, São Paulo, 1928 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008).Pintor, ceramista, tapeceiro, cenógrafo, ilustrador, figurinista, arquiteto, designer, poeta. Carlos Haraldo Sorensen forma-se em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil em 1958. Em 1952 e 1953 vive em Paris (França) onde freqüenta o ateliê de André Lhote e conhece Picasso, Roonet e Fernand Léger , durante esse período também estuda na Escola Superior de Belas Artes de Paris com Gleizes. Em 1948 trabalha com Di Cavalcanti (1897-1976), com quem pinta inúmeros painéis. Em 1949 faz sua primeira individual, na Cooperativa dos Artistas Plásticos em São Paulo SP. Durante a década de 50 ilustra diariamente inúmeras revistas e jornais com Santa Rosa (1909-1956), Portinari (1903-1962) e Sigaud (1899-1979); participa de diversos salões, entre eles o Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura do Rio de Janeiro. Em 1950 organiza o 1º Salão do ART no Clube do Rio de Janeiro, e dois anos depois organiza, junto com grupo de expositores orientados por Lucio Costa (1902-1998) e Jorge Amado (1912-2001), o 1º Salão Brasileiro de Arte Moderna. Em 1951 ingressa como ator na cia de Jean Louis Barrault - Madeleine Renaut. Entre 1956 e 1970 é diretor de arte na TV Tupi, a convite de Assis Chateaubriand (1892-1968). Entre 1970 e 1981 realiza a criação visual do programa Fantástico e de musicais e novelas da Rede Globo. Participa da 8ª Bienal Internacional de São Paulo em 1965, e em 1976, da Retrospectiva de 35 anos de atividades no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), na Real Galeria de Arte e no MEC, onde recebe o Prêmio Aquisição MEC. Em 1985 expõe no 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ. Ilustra diversos livros, desenha figurinos para peças teatrais e recebe diversos prêmios como Prêmio Melhor Figurinista do Ano em 1958 e 1962.
SORENSEN . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa24743/sorensen>. Acesso em: 27 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Carlos Monzani nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 2 de junho de 1929. Até 1978 atuou como Chefe da Oficina de Cenografia do Teatro Colón, tendo feito, entre outras, as cenografias dos balés, O Pássaro de Fogo, A Verdade (o primeiro conjunto informalista feito na Argentina), A máscara e o rosto, etc. Colaborou sob a direção do Maestro Raul Soldi na pintura da cúpula do Teatro Colon.
Integra regularmente o Júri em diferentes manifestações artísticas. Foi escolhido para representar a Argentina com suas obras, na comemoração dos 500 anos do descobrimento da América, realizada em Hong Kong.
Atualmente está desenvolvendo a atividade docente em oficina própria. Ele é considerado o criador do "Realismo Mágico", que se tornou uma corrente universal. Dentro desta busca artística, Monzani investiga com a sua pintura, por um percurso surrealista muito particular, transmitindo uma concepção do mundo fantástico e um devaneio poético com um sentido ligeiramente irónico. Monzani diz: “O homem, além de seu prazer estético, pode desvendar os princípios universais do rico repertório subconsciente que a América tem e que devemos resgatar, onde a natureza se humaniza pelo signo e se hierarquiza pela lenda. América, as árvores falam e os sapos usam chapéu. Desde o início, o homem diz isso."
Texto traduzido de: https://enkaustikos.blogspot.com/2012/03/carlos-monzani-gente-de-arte.html
© ENKAUSTIKOS
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Carlos Páez Vilaró (Montevidéu, Uruguai, 1923 - Punta Ballena, Uruguai, 2014) foi um pintor, ceramista, escultor, muralista, escritor, compositor e empresário uruguaio, proprietário da famosa galeria de arte e hotel Casapueblo, monumento modelado com suas próprias mãos1. Nasceu em Montevidéu em 1923. Partiu para Buenos Aires integrando-se ao meio artístico. Voltou ao Uruguai na década de 40 e iniciou seu trabalho com o tema afro-oriental e o candombe, ritmo afro-uruguaio que envolve tambores. Vilaró dedicou-se à pintura e decoração dos candombes, incentivando o movimento folclórico. Esgotadas as explorações e atuações do tema, partiu para uma viagem à países onde a negritude tinha presença marcante. O artista persistiu no tema afro-uruguaio. Fixou residência em Punta Ballena, no Uruguai, onde construiu a Casapueblo, sua "escultura habitável", que hoje é "club hotel”, museu e atelier do artista.
1TEXTO Retirado de:https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_P%C3%A1ez_Vilar%C3%B3
Texto retirado de: http://www.ufrgs.br/acervoartes/artistas/v/vilaro-carlos-paez
CARLOS PRADO (NASCEU EM: 1908, SÃO PAULO – FALECEU EM: 1992, SÃO PAULO)
PINTOR, GRAVADOR, CERAMISTA, ARQUITETO E DESENHISTA. FORMADO EM ARQUITETURA PELA ESCOLA POLITÉCNICA DE SÃO PAULO, TAMBÉM PROJETOU DESENHO E PINTURA COM GEORG FISCHER ELPONS. PRADO FOI UM DOS FUNDADORES DO CLUBE DE ARTE MODERNA (1932-1933) E SE DESTACOU POR SUA PRODUÇÃO QUE EXPLORAVA TEMAS URBANOS, SOCIAIS E ERÓTICOS. SUAS OBRAS INCLUEM O ÁLBUM A CIDADE MODERNA (1958). PARTICIPOU DE EXPOSIÇÕES IMPORTANTES, COMO A 1ª, 2ª E 18ª BIENAIS DE SÃO PAULO (1951, 1953, 1985) E REALIZOU UMA RETROSPECTIVA NO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO EM 1976. SUAS OBRAS INTEGRAM COLEÇÕES DE INSTITUIÇÕES COMO O MUSEU DE ARTE DE ARTE DE SÃO PAULO SÃO PAULO (MASP) E PINACOTECA DE SÃO PAULO.
https://www.escritoriodearte.com/artista/carlos-prado
https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Carlos%20Prado%20-%20Carlos%20da%20Silva%20Prado/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_da_Silva_Prado
CARLOS SCLIAR (NASCEU EM: 1920, SANTA MARIA, RGS - FALECEU EM: 2001, RIO DE JANEIRO,RJ).
ARTISTA MULTIFACETADO, ATUANDO EM DIVERSAS ÁREAS COMO PINTURA, GRAVURA, ILUSTRAÇÃO, CENOGRAFIA E DESIGN GRÁFICO. SUA TRAJETÓRIA ARTÍSTICA FOI MARCADA POR SUA PARTICIPAÇÃO EM MOVIMENTOS ARTÍSTICOS IMPORTANTES, COMO A FAMÍLIA ARTÍSTICA PAULISTA (FAP).
SCLIAR TEVE UMA FORMAÇÃO SÓLIDA, ESTUDANDO COM O RENOMADO ARTISTA GUSTAV EPSTEIN EM PORTO ALEGRE. AO LONGO DE SUA CARREIRA, TRABALHOU EM DIVERSOS PROJETOS, DESDE A ILUSTRAÇÃO DE LIVROS ATÉ A CRIAÇÃO DE CENÁRIOS PARA TEATRO. SUA EXPERIÊNCIA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, COMO INTEGRANTE DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA, DEIXOU MARCAS PROFUNDAS EM SUA OBRA, COMO EVIDENCIADO NO "CADERNO DE GUERRA".
APÓS A GUERRA, SCLIAR APROFUNDOU SEUS CONHECIMENTOS EM GRAVURA, FUNDANDO O CLUBE DE GRAVURA DE PORTO ALEGRE COM VASCO PRADO.
AO LONGO DE SUA CARREIRA, SCLIAR RECEBEU DIVERSAS HOMENAGENS E RECONHECIMENTO POR SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A ARTE BRASILEIRA.
Maria do Carmo da Costa Gross (São Paulo, São Paulo, 1946). Artista visual. As primeiras obras de Carmela Gross nos anos 1960 são realizadas enquanto estuda artes plásticas na Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, no curso de Formação de Professores de Desenho. A partir de 1972, é vinculada à área de Poesias Visuais no Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), onde leciona na graduação e na pós-graduação.
Em 1981, conclui o mestrado em Artes na ECA e, em 1987, o doutorado, ambos sob orientação do crítico de arte e curador Walter Zanini (1925-2013). Essas pesquisas acadêmicas, Projeto para a Construção de um Céu e Pintura-Desenho, tornam-se obras e são expostas respectivamente na Bienal de São Paulo, em 1981, e no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em 1987. Em 1991, a artista recebe bolsa de estudos e passa quatro meses no The European Ceramics Workcentre, em Hertogenbosch, Holanda. O resultado da residência artística é apresentado na exposição Facas, inaugurada em 1994 Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna (MAM), em 1995, em São Paulo. Em 2000, o livro Carmela Gross, com entrevistas e panorama de sua trajetória artística é publicado pela editora Cosac & Naify.
Participa de sete edições da Bienal de São Paulo (1967, 1969, 1981, 1983, 1989, 1998 e 2002); três edições do evento Arte Cidade (1994, 1997, 2002); 2a Bienal Nacional de Artes Plásticas (1968), em Salvador; 2a Bienal de Arte Contemporânea de Moscou (2007); e da 5a Bienal do Mercosul (2015), em Porto Alegre. Apresenta suas obras no Itaú Cultural, no Centro Universitário Maria Antônia, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições no Brasil e no exterior. Produz obras públicas para as cidades de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Laguna (Santa Catarina) e Paris (França). Seus trabalhos fazem parte de coleções, como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de Brasília, Museu de Arte do Paraná, Fundação Padre Anchieta, Itaú Cultural e Biblioteca Luis Angel Arango de Bogotá.
CARMELA Gross. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8666/carmela-gross>. Acesso em: 28 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Carmélio Rodrigues Cruz (Canindé CE 1924). Desenhista, cenógrafo, figurinista, gravador. Trabalha com o mestre Jacinto de Souza, de quem recebe as primeiras informações sobre arte, entre 1935 e 1940. Quatro anos depois, participa da Sociedade Cearense de Artes Plásticas - SCAP ao lado de Antonio Bandeira (1922 - 1967), Aldemir Martins (1922 - 2006) e outros. Em 1947, muda-se para o Rio de Janeiro, passando a lecionar na Associação Brasileira de Desenho, até 1950. É diretor do departamento de arte da TV Continental, entre 1959 e 1961. Expõe individualmente pela primeira vez em 1951, no Museu de Arte Moderna de Resende, MAM/Resende. Em 1963, realiza o documentário O Fogo e a cenografia do filme Pluft, o Fantasminha, recebendo por este trabalho o Prêmio Saci de O Estado de S. Paulo e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo.
CARMELIO Cruz. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10295/carmelio-cruz>. Acesso em: 21 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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CARYBÉ (NASCEU EM: 1911, LANÚS, ARGENTINA - FALECEU EM: 1997,SALVADOR, BAHIA)
CARYBÉ, NOME ARTÍSTICO DE HECTOR JULIO PÁRIDE BERNABÓ, FOI UM ARTISTA PLÁSTICO ARGENTINO QUE SE APAIXONOU PELA CULTURA BRASILEIRA, ESPECIALMENTE PELA BAHIA. SUAS OBRAS, VIBRANTES E CHEIAS DE VIDA, RETRATAM A BELEZA DA BAHIA, SEUS RITUAIS AFRO-BRASILEIROS, A CAPOEIRA E O POVO BAIANO. CARYBÉ NÃO ERA APENAS UM PINTOR, MAS TAMBÉM UM GRAVADOR, ESCULTOR, CERAMISTA E ILUSTRADOR, DEIXANDO UM LEGADO RIQUÍSSIMO PARA A ARTE BRASILEIRA. SUA OBRA, MARCADA POR UM FORTE SENTIMENTO DE IDENTIDADE CULTURAL, TORNOU-SE UM ÍCONE DA ARTE BRASILEIRA, CELEBRANDO A DIVERSIDADE E A RIQUEZA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO PAÍS.
Nasceu em Cássia, Minas Gerais em 1952, cidade que deu origem ao seu nome.
Descobriu a escultura ao dobrar, ao dar forma a pedaços de arame. Em 1966, deixou Cássia e veio para São Paulo, tinha 13 anos. Aqui ao ver pela primeira vez esculturas em mármore e bronze, falou consigo: "é isso o que quero fazer".
Do pensamento a ação foi um pulo, aproximou-se de artistas que trabalhavam com bronze, ferro e aço. Em 1970 matriculou-se na Escola Panamericana de Arte. Fez publicidade.
Em 1977 foi trabalhar numa fundição, e fez a coisa certa, antropófago, devorou tudo o que pôde, aprendeu todas as manhas e artimanhas dos bronzes, ferros e aços... Tomou conhecimento dos ácidos e do manuseio dos fornos.
Hoje, no seu ateliê, Cassio Lázaro está cercado por colaboradores devotados, nas máquinas e ferramentas que inventou. Cássio dá continuidade ao arame que dobrou há mais de 30 anos.
Texto retirado de: https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Cassio%20Lazaro%20-%20C%C3%A1ssio%20L%C3%A1zaro/
Chanina Luwisz Szejnbejn (Zofjowce, Polônia 1927 - Belo Horizonte, Minas Gerais, 2012). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador e professor. Emigra para o Brasil com seus pais, aos nove anos de idade, estabelecendo-se em Belo Horizonte. Cursa gravura em metal com Anna Letycia (1929), litografia com João Quaglia (1928) e composição com Fayga Ostrower (1920-2001), na mesma cidade, em meados de 1940.
Em 1946, estuda pintura e desenho com Guignard (1896-1962) e escultura com Franz Weissmann (1921), no Instituto de Belas Artes de Belo Horizonte, hoje Escola Guignard. Naquele mesmo ano, ingressa no curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), formando-se em 1955. Paralelamente ao exercício da medicina, dedica-se às atividades artísticas e ao ensino, tornando-se professor de pintura na Escola Guignard. Faz capas de livros e ilustrações, especialmente para o Suplemento Literário do Diário Oficial de Minas Gerais.
Em 1984, é premiado com a medalha da Inconfidência, comenda concedida pelo governo de Minas Gerais a personalidades que contribuem para a projeção da cultura mineira.
CHANINA . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9791/chanina>. Acesso em: 21 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Cicero dos Santos Dias (Escada, Pernambuco, 1907 - Paris, França, 2003). Pintor, gravador, desenhista, ilustrador, cenógrafo e professor. Inicia estudos de desenho em sua terra natal. Em 1920, muda-se para o Rio de Janeiro, onde matricula-se, em 1925, nos cursos de arquitetura e pintura da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), mas não os conclui. Entra em contato com o grupo modernista e, em 1929, colabora com a Revista de Antropofagia.
Em 1931, no Salão Revolucionário, na Enba, expõe o polêmico painel, tanto por sua dimensão quanto pela temática, Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife. A partir de 1932, no Recife, leciona desenho em seu ateliê. Ilustra, em 1933, Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre (1900- 1987). Em 1937, é preso no Recife quando da decretação do Estado Novo. A seguir, incentivado por Di Cavalcanti (1897-1976), viaja para Paris onde conhece Georges Braque, Henri Matisse, Fernand Léger e Pablo Picasso, de quem se torna amigo. Em 1942, é preso pelos nazistas e enviado a Baden-Baden, na Alemanha. Entre 1943 e 1945, vive em Lisboa como Adido Cultural da Embaixada do Brasil.
Retorna a Paris onde integra o grupo abstrato Espace. Em 1948, realiza o mural do edifício da Secretaria das Finanças do Estado de Pernambuco, considerado o primeiro trabalho abstrato do gênero na América Latina. Em 1965, é homenageado com sala especial na Bienal Internacional de São Paulo. Inaugura, em 1991, painel de 20 metros na Estação Brigadeiro do Metrô de São Paulo. No Rio de Janeiro, é inaugurada a Sala Cicero Dias no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA). Recebe do governo francês a Ordem Nacional do Mérito da França, em 1998, aos 91 anos.
CICERO Dias. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1787/cicero-dias>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Nasceu Cid de Abreu em Serra Negra/SP, 28/01/1924, e adotou como nome artistico o nome de sua cidade natal, passando a assinar suas obras como CID SERRA NEGRA
Pintor nascido em 28 de janeiro de 1924 na cidade paulista de Serra Negra, cujo nome adotou artisticamente. Executou pinturas decorativas da Igreja de São Benedito em sua cidade natal. Artista catalogado nas primeiras edições do Dicionário Brasil de Artes Plásticas.
Fonte: https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Cid%20de%20Abreu%20-%20Cid%20Serra%20Negra%20-%20Cid/
https://galeriapaulista.com/acervo/pinturas-desenhos/cid-serra-negra-sao-francisco-monet-ose-77x62/
Cildo Campos Meirelles (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1948). Artista multimídia. Inicia seus estudos em arte em 1963, na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, orientado pelo ceramista e pintor peruano Barrenechea (1921). Começa a realizar desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas. Em 1967, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde estuda por dois meses na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Nesse período, cria a série Espaços Virtuais: Cantos, com 44 projetos, em que explora questões de espaço, desenvolvidas ainda nos trabalhos Volumes Virtuais e Ocupações (ambos de 1968-1969). É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1969, na qual leciona até 1970. O caráter político de suas obras revela-se em trabalhos como Tiradentes - Totem-monumento ao Preso Político (1970), Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca-cola (1970) e Quem Matou Herzog? (1970). No ano seguinte, viaja para Nova York, onde trabalha na instalação Eureka/Blindhotland, no LP Sal sem Carne (gravado em 1975) e na série Inserções em Circuitos Antropológicos. Após seu retorno ao Brasil, em 1973, passa a criar cenários e figurinos para teatro e cinema e, em 1975, torna-se um dos diretores da revista de arte Malasartes. Desenvolve séries de trabalhos inspirados em papel moeda, como Zero Cruzeiro e Zero Centavo (ambos de 1974-1978) ou Zero Dólar (1978-1994). Em algumas obras, explora questões acerca de unidades de medida do espaço ou do tempo, como em Pão de Metros (1983) ou Fontes (1992). Em 2000, a editora Cosac & Naify lança o livro Cildo Meireles, originalmente publicado, em Londres em 1999, pela Phaidon Press Limited. Participa das Bienais de Veneza, 1976; Paris, 1977; São Paulo, 1981, 1989 e 2010; Sydney, 1992; Istambul, 2003; Liverpool, 2004; Medellín, 2007; e do Mercosul, 1997 e 2007; além da Documenta de Kassel, 1992 e 2002. Tem retrospectivas de sua obra feitas no IVAM Centre del Carme, em Valência, 1995; no The New Museum of Contemporary Art, em Nova York, 1999; na Tate Modern, em Londres, 2008; e no Museum of Fine Arts de Houston, 2009. Recebe, em 2008, o Premio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo Ministerio de Cultura da Espanha. Em 2009, é lançado o longa-metragem Cildo, sobre sua obra, com direção de Gustavo Moura.
CILDO Meireles. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10593/cildo-meireles>. Acesso em: 26 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!
Claudia Colares (Fortaleza- Ceará, 1968 - atualmente reside em Vila Real, Portugal)
Pintora brasileira. Desenhista autodidata. No final da década de 80, abandonou a faculdade de engenharia civil e a partir desse episódio deu início ao seu percurso nas artes plásticas.
Claudia Colares é a filha do meio dos sete filhos de Antônio Paulino e Lúcia Colares. A casa cheia a fez sempre procurar, desde criança, os silêncios possíveis para desenhar e folhear livros em busca de referências artísticas. A mãe nunca deixou faltar papel, lápis e livros. Isso garantiu a ela, uma relação contínua e determinante para a formação autodidata e para a existência da trajetória artística. ”De meu pai herdei a musicalidade e a independência de achar que posso aprender tudo o que devo saber, e da mãe a resiliência, objetividade e a atenção às oportunidades” C. Colares (2007).
O desenvolvimento de técnicas só foi possível a partir do ensino privado em colégios religiosos onde foi apresentada a uma nova relação de importância com materiais utilizados para o desenho e a pintura. No período escolar, ela dedicou-se à música, ao teatro e ao desenho. Claudia sempre enxergou nessas três áreas ferramentas essenciais para a formação de sua expressão artística.
A dedicação exclusiva às artes plásticas deu-se a partir do encontro com Batista Sena (Camocim-CE, 1952 - Fortaleza - CE, 2014). Sob a direção desse grande Mestre, redimensionou-se a visão sobre arte e a cultura e impulsionou-se a produção em pintura, o pensamento crítico e a postura artística profissional. Dentre os inúmeros trabalhos produzidos por Claudia no final da década de 80 e início da década de 90, Batista elegeu dois para inscrever no VI Salão de Artes de Camocim. O resultado foi outro grande marco para a pintura de Claudia Colares. Conquistou a crítica e o primeiro lugar no salão com o “Prêmio Liberdade”. Com o incentivo artístico e financeiro, a pintora mudou-se de vez para Camocim e assim, garantiu a periodicidade da produção. Abandonou o curso de engenharia e pode dedicar-se ao desenvolvimento da técnica da pintura na terra de Raimundo Cela e sob os olhos de Batista Sena. Enquanto trabalhava em seu pequeno atelier na bucólica cidade de Camocim, pintou as paisagens possíveis e criou personagens para o desenvolvimento da poética de sua pintura. Com um ano produzindo de forma intensiva, Colares garantiu para si uma maior intimidade com os materiais. Desse período nasceu a paixão pela tinta à óleo. “com a pintura aprendi coisas maravilhosas sobre a existência e sobre o quanto é necessário experimentar e ver luzes diferentes.” C. Colares (1990).
Em 1991, de volta a Fortaleza, estudou fotografia com Celso Oliveira e produção cultural com Glaucia Costa. Em 1993 mudou-se para Guarapari - ES.
Em seu novo atelier instalado, produz exposições e dedica-se ao estudo do canto lírico e à teoria musical. Sempre de forma independente, produziu e apresentou suas obras para colecionadores locais a fim de garantir financeiramente a continuidade da produção. “com a pintura aprendi a fazer tinta e pão.” C.Colares (1994). Em 2006, fez suas primeiras exposições internacionais em França e Espanha e em 2010, a convite da Prefeitura de Copenhagen realizou uma exposição e ministrou palestras na Dinamarca . Quando voltou ao Brasil, fechou seu atelier e ingressou no curso de Bacharelado em Artes Plásticas na Universidade Federal do Espírito Santo. Entre 2010 a 2014 estudou: desenho, cerâmica, escultura, gravura, história da arte, artes da performance, arte contemporânea e, sob a orientação do professor doutor Lincoln Guimarães Dias, dedicou-se integralmente ao projeto em pintura e aos estudos da pintura abstrata que conferiu sua graduação com nota máxima.
As reflexões estéticas e teóricas sobre o processo criativo da produção artística em pintura no período acadêmico junto ao ingresso de sua filha Maria na Universidade de São Paulo, a impulsionaram em 2016 a resgatar sua “identidade nômade” e montar um atelier na capital paulista. Com o apoio dos grandes amigos e colecionadores, Pedro Mastrobuono e Roberta Matarazzo, seu trabalho foi rapidamente difundido entre críticos, colecionadores e amantes das artes da cidade. Nesse período, o atelier deu estrutura a nova pintura de Claudia Colares que conquistou a abstração como a maior forma de expressão.
“Costumo comemorar várias coisas. Muitas dessas coisas são visões prismadas e por isso não espero que mais alguém enxergue como motivo para festa. Hoje, comemoro o conforto e a sensação de prazer de finalmente deliciar-me com a conquista da planicidade da cor sobre a tela.
Hoje, somente hoje, depois de uma caminhada afoita e determinada que consumiu cinco anos de uma possível juventude! Percebendo e duelando com os traços contornais gritantes que surgiam à minha frente. Volumes escultóricos implorando para serem gerados. A tão sonhada biplanicidade indo pro espaço a cada fraquejada fazendo-me quase desenhar com a luz. Ai meus pés! ai minhas cores atonais. Não os sinto. Mas como a carne é dura e vencer é uma possibilidade, eis aqui: Cor sobre cor. Cinza cromático agindo como um verdadeiro amigo. Apoiando sem interferir. A pincelada, hoje, somente hoje; dançante me sorri. Viva São Greenberg ! Não pensar; apenas me divertir com desdobramentos estéticos que surgem saltitantes a cada cor! Aaaah! a sensação desse hoje é de que valeu a pena.
Ao meu "passível e infalível" orientador, Lincoln Guimarães Dias, uma flor de cada cor construída em paleta heterogênea que vai de um colbaltoprussianoceleste ao laranjonápolis angelical.
Gratia Plena por este dia!” C.Colares (2017)
Depois de um curso de Introdução a Arte Moderna com o professor Agnaldo Faria oferecido pela UNIBES Cultural, e o convívio com a produção dos artistas que conheceu na cidade, retomou o figurativo de forma expressionista e construiu sobre suas telas - cada vez de maiores dimensões - o que ela declara ser “uma história íntima com a cor”. “O tempo levou o preto e o branco de minha paleta, porém, trouxe escalas construídas como se constroem os acordes que amo. Tons que se unem para exibir o resultado que brilha debaixo da luz. As cores não existem mais. A cor é a pintura, a sinapse que une o pensamento ao gesto. A cor é a certeza que a vida é o que termina.“ C.Colares (2018)
Atualmente, depois de um curso de desenho com o norte americano Glenn Vilppu, Colares está desenvolvendo o projeto #IdentidadeNômade em Portugal onde reside e atua. O projeto envolve escultura, pintura, desenho e produção teórica sobre cada obra.
Biografia fornecida pela Artista!
Nascida em Seberi, na linha Boa Vista, e filha de professora e agricultor, Claudia Hamerski, está estreiou em 2020, sua primeira exposição individual em São Paulo, no Adelina Instituto Cultural. A artista plástica, que já foi premiada duas vezes no Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre, recebeu mais uma indicação neste ano, para a 13ª edição do certame.
O reconhecimento se deve ao trabalho desenvolvido no Projeto Educativo na Galeria Ecarta (POA), em 2019, envolvendo a comunidade e instituições, com a realização de visitas mediadas, oficinas, conversas com artistas, visitas a escolas, parceria com outras entidades, material para os professores trabalharem a exposição e várias outras ações. Pela coordenação do projeto, ela concorre na categoria Ação de Educação.
A inspiração artística de Claudia vem de sua vida no interior de Seberi, onde morou até os 22 anos. Depois, foi estudar Artes em Porto Alegre, mas sempre manteve a ligação com plantas e animais. “Sou fascinada por ambos e, na capital, sempre busquei me relacionar com esses elementos na paisagem, o que, acredito, fez com que eu olhasse para os vestígios de natureza na sua forma mais selvagem, aqui na cidade. Assim, me interessei por parques e áreas arborizadas e, na sequência, por essas pequenas plantas que nascem nas fissuras da cidade e são consideradas, por muitos, como ervas daninhas. Elas são, até o presente momento, o foco da minha pesquisa e trabalhos”.
Texto retirado de: https://www.folhadonoroeste.com.br/noticias/primeira-exposicao-individual-em-sao-paulo/
Claudio Roncoli nasceu em Buenos Aires, 1971. É Professor de Desenho e Pintura graduado da Escola Nacional de Belas Artes Prilidiano Pueyrredón ”(1995). Participou de workshops na Argentina Andrea Moccio e Miguel Lescano no Peru. Por sua própria definição é principalmente: um intervencionista. Claudio Roncoli se inspira em imagens que fizeram parte da cultura popular nos anos 50, 60 e 70 que redefinem o artista.
Em suas últimas criações, incorpora elementos de publicidade, desenho animado, design gráfico e colagem, tecendo-os com recursos como imagem ou repotografia. Utilizando uma técnica especial e sem abandonar o seu humor irônico e mordaz, através do que chama de “equilíbrio constante da vida”, a justaposição de imagens e cores vivas utilizando o espectador desloca-se para um “admirável mundo novo”.
Ele teve várias exposições coletivas e individuais local e internacionalmente e participou do Scope Miami, ArteBA, Just Mad MIA, ArtBo e vários centros culturais e museus. Marcas como Hermes, Toyota, Boomerang TV, Mini Cooper, Absolut Vodka e Levi's confiaram na criatividade de Claudio para embelezar suas marcas.
Texto traduzido de: https://macfineart.com/claudio-roncoli/
CLÁUDIO TOZZI (NASCEU EM: 1944, SÃO PAULO, SP)
É UM DOS PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA POP ART NO BRASIL, TRABALHANDO COM PINTURA, GRAVURA E DESENHO. SUA OBRA É MARCADA PELA INFLUÊNCIA DA CULTURA DE MASSA, PUBLICIDADE E ESTÉTICA DO CONSUMO. TOZZI PARTICIPOU DE IMPORTANTES EXPOSIÇÕES, COMO A 10ª BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO (1969) E EXPOSIÇÕES NO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO (MAM-SP). EM 1965, RECEBEU O PRÊMIO DE VIAGEM DO SALÃO NACIONAL DE BELAS ARTES. SUA TRAJETÓRIA ARTÍSTICA REFLETE A TRANSIÇÃO PARA A MODERNIDADE E A EXPERIMENTAÇÃO COM NOVOS MEIOS DE EXPRESSÃO.
CLAUDIO Tozzi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8528/claudio-tozzi>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
CLÓVIS GRACIANO (NASCEU EM: 1907, ARARAS, SP – FALECEU EM: 1988, SÃO PAULO, SP)
ARTISTA PLÁSTICO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA O MODERNISMO NACIONAL. DESTACOU-SE PRINCIPALMENTE COMO MURALISTA, MAS TAMBÉM ATUOU COMO PINTOR, DESENHISTA, CENÓGRAFO E ILUSTRADOR. SUAS OBRAS, MARCADAS POR UM FORTE COMPROMISSO SOCIAL, RETRATARAM O COTIDIANO BRASILEIRO E TEMAS COMO A LUTA DOS TRABALHADORES. GRACIANO FOI UM DOS FUNDADORES DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO (MAM-SP) E DEIXOU UM LEGADO DE MAIS DE 120 MURAIS ESPALHADOS PELO PAÍS, PRINCIPALMENTE EM SÃO PAULO.
Artista Visual formada pela Faculdades Integradas Teresa D'Ávila - Santo André, SP. Tem participações em diversos salões de arte contemporânea no Brasil e obras nos acervos institucionais. Além de sua produção autoral, desenvolve trabalho de acompanhamento de processos de artistas visuais. Em 2016 ganhou prêmio no PROAC com o projeto “Arte Contemporânea para o Alpharrabio” para realizar três exposições no espaço, criou o projeto “ABC de Artistas” onde produz exposições de artistas da região do ABC em outras cidades.
"Interesso-me por padrões de diferentes naturezas – retiro esses dados de condutas e conceitos sociais que são senso comum e que estão presentes ou resvalam minha rotina – e nas possibilidades de reprodutibilidade e pela ideia de ‘pulverização’ do trabalho de arte – que ocorrem na intersecção entre mídias e linguagens, envolvendo gravuras, fotografias, objetos, instalações e vídeos."
Cristina Suzuki
Fontes: guiadasartes.com.br/cristina-suzuki/quem-foi e portifolio cristina suzuki
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