Fábio Marques Miguez (São Paulo SP 1962). Pintor, gravador, fotógrafo. Em 1980, inicia curso de arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Nos dois anos seguintes também estuda gravura em metal com Sérgio Fingermann (1953). Entre 1983 e 1985, integra o ateliê Casa 7, juntamente com Carlito Carvalhosa (1961), Nuno Ramos (1960), Paulo Monteiro (1961) e Rodrigo de Andrade (1962). No início, sua obra, realizada em grandes formatos, apresenta pinceladas amplas e cores fortes, uma fatura expressiva, que se aproxima da transvanguarda italiana e do neo-expressionismo. O artista passa a realizar, no fim dos anos 1980, telas abstratas carregadas de matéria pictórica, que tendem ao monocromatismo, utilizando tons rebaixados. Já nas telas produzidas a partir da metade dos anos 1990, os planos de fundo passam a ser frequentemente grandes áreas cinzas ou brancas, e o artista explora a diluição da tinta e a intensificação das cores. A fatura torna-se mais transparente. Paralelamente, o artista dedica-se à fotografia. Na série Deriva, realizada entre 1993 e 1994, apresenta paisagens de um canto de praia, nas quais os acidentes geográficos e os corpos sólidos são apresentados em meio a uma atmosfera enevoada.
Análise
Na metade da década de 1980, Fábio Miguez pinta paisagens que têm caráter quase abstrato. Como os outros artistas da Casa 7 - grupo do qual faz parte -, ele apresenta em sua obra pinceladas amplas e cores fortes, uma fatura expressiva, em grandes formatos, que se aproxima do neo-expressionismo. O artista produz, no fim dos anos 1980, telas abstratas carregadas de matéria pictórica, que tendem ao monocromatismo, utilizando tons rebaixados: marrom, cinza e preto. Como nota o crítico Roberto Pontual, essas obras são sóbrias, com poucos contrastes, fechadas no emaranhado de pinceladas, porém enérgicas no princípio de construção que ali tenta firmar-se. Posteriormente, usa uma gama cromática variada e luminosa.
Passa a explorar a diluição e a intensificação das cores em quadros nos quais os planos de fundo tornam-se frequentemente grandes áreas cinzas ou brancas, em telas da metade da década de 1990. A fatura é mais transparente e as tintas são mais diluídas. Em seus quadros apresenta áreas marcadas pela gestualidade aliadas a outras de caráter evanescente. Na opinião do historiador da arte Rodrigo Naves a produção de Miguez revela afinidade com a do artista holandês Bram van Velde, com suas áreas de cor matissianamente alegres e estrutura disforme e ameaçadora, além do diálogo com obras de Jorge Guinle (1947-1987).
Em pinturas exibidas a partir de 2001, as formas diluídas de suas telas são apresentadas juntamente com elementos geométricos, de cores mais intensas. Essas formas geométricas parecem flutuar em um plano acima daquele das manchas cromáticas. Miguez explora assim o espaço pictórico, construído por diferentes densidades de cor. Em algumas obras, emprega elementos de madeira colados aos quadros, que criam uma diferença de profundidade no espaço pictórico e reforçam a idéia da solidez dos elementos geométricos, em oposição a áreas onde as tintas são mais fluidas e a fatura mais rala e transparente.
O artista dedica-se também à fotografia. Na série Deriva, realizada entre 1993 e 1994, mostra paisagens de um canto de praia, nas quais os acidentes geográficos e os corpos sólidos estão em meio a uma atmosfera enevoada. Miguez explora as experiências óticas de aproximação e distanciamento, e da dissolução ou indefinição das superfícies. Pelo registro da neblina e do movimento das ondas do mar, destaca a instabilidade da paisagem, criando imagens que aparentam ser passageiras. Para o crítico Alberto Tassinari, essas fotografias indicam questões retomadas posteriormente pelo artista em seus quadros. Assim, as ondas ou a neblina são a forma que a instabilidade assume nas fotografias, e que nas pinturas são exploradas de diversas maneiras, por pares de oposição que não privilegiam nenhum de seus pólos: o definido e o indefinido, o aglomerado e o disperso, a indiferença e o contraste.
FABIO Miguez. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa7920/fabio-miguez>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Kong Fang Chen (Tung Cheng, China 1931 - São Paulo SP 2012). Pintor, desenhista, gravador e professor. Estuda sumiê e aquarela na China em 1945. Vem morar em São Paulo com a família em 1951, naturalizando-se brasileiro em 1961. Entre 1954 e 1956, estuda pintura com Yoshiya Takaoka (1909-1978) em São Paulo. Faz sua primeira exposição individual em 1959, no Clube dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1965 e 1967, tenta a linha abstracionista, que abandona para retornar ao figurativismo. Em 1972, leciona na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Viaja, em 1977, para a América do Norte, Europa e Ásia, onde desenvolve o seu trabalho de pintura. Em 1981, é realizado o curta metragem biográfico O Caminho de Fang, em São Paulo. Visita a China convidado pelo governo chinês em 1985, visitando locais de interesse artístico.
FANG . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10288/fang>. Acesso em: 04 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Fanny Feigenson (São Paulo SP 1949). Pintora e professora. Estuda pintura com Piroska (1907-1989), Samson Flexor (1907-1971), Waldemar da Costa (1904-1982), Antonio Vitor (1942) e Babinski (1931); e desenho, com Nelson Nóbrega (1900-1997) e Yolanda Mohalyi (1909-1978). Na década de 1970, cursa arquitetura na Faculdade de Arquitetura e faz licenciatura em desenho e plástica na Faculdade de Comunicação e Artes, ambas da Universidade Mackenzie. Na mesma universidade, atua como professora entre 1975 e 1988 e obtém o título de mestre em comunicações e artes, em 1996. Em paralelo, à produção artística, realiza workshops ligados aos processos de criação.
FANNY Feigenson. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9925/fanny-feigenson>. Acesso em: 05 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Farnese de Andrade Neto (Araguari, Minas Gerais, 1926 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996). Pintor, escultor, desenhista, gravador, ilustrador. Muda-se, em 1942, para Belo Horizonte onde, entre 1945 e 1948, estuda desenho com Guignard (1896-1962), na Escola do Parque. Em 1948 muda-se para o Rio de Janeiro para tratar uma tuberculose pulmonar. Entre 1950 e 1960, trabalha como ilustrador para o Suplemento Literário do Diário de Notícias, Correio da Manhã, o Jornal de Letras, e para as revistas Rio Magazine, Sombra, O Cruzeiro, Revista Branca e Manchete. Em 1959, começa a frequentar o Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde se aperfeiçoa em gravura em metal com orientações de Johnny Friedlaender (1912-1992). Convive com vários artistas que frequentam o Ateliê, entre eles Rossini Perez (1932), com quem desenvolve trabalhos de 1959 a 1961. Em 1964, começa a criar obras com materiais descartados, coletados nas praias e nos aterros. Posteriormente utiliza armários, oratórios, gamelas, ex-votos, adquiridos em antiquários e depósitos de materiais usados. Fotografias antigas também estão presentes em sua obra. Desde 1967, utiliza resina de poliéster, envolvendo materiais perecíveis. No Salão Nacional de Arte Moderna de 1970, recebe o prêmio de viagem ao exterior. Parte para a Espanha, instala um estúdio em Barcelona e lá permanece até 1975.
FARNESE de Andrade. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9245/farnese-de-andrade>. Acesso em: 03 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Vem para o Brasil em 1934. Cursa artes gráficas na Fundação Getúlio Vargas - FGV, em 1947, onde estuda xilogravura com Axl Leskoschek (1889 - 1975) e gravura em metal com Carlos Oswald (1882 - 1971). Sua produção inicial em xilogravura apresenta temática predominantemente social. No início dos anos 1950 passa a produzir obras abstratas. Entre 1954 e 1970, leciona no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Em 1955, viaja para Nova York como bolsista da Fulbright Comission. Trabalha no Brooklyn Museum Art School e estuda gravura no Atelier 17, de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Em 1969, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro publica um álbum de gravuras realizadas entre 1954 e 1966. A partir da década de 1970, dedica-se também à aquarela. Publica vários livros sobre questões de arte e criação artística, entre eles Criatividade e Processos de Criação, 1978, Universos da Arte, 1983, Acasos e Criação Artística, 1990, e A Sensibilidade do Intelecto, 1998. Em 1983, é realizada retrospectiva dos 40 anos de sua obra gráfica, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA e, em 1995, a exposição Gravuras 1950-1995, no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, no Rio de Janeiro. Em 2001 é lançado pela GMT Editora o livro Fayga Ostrower, organizado por Carlos Martins.
https://www.guiadasartes.com.br/fayga-perla-ostrower/principais-obras
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Felipe Senatore (São Paulo, São Paulo, 1955). Pintor e muralista. Forma-se em engenharia mecânica pela Universidade Mackenzie, onde faz pós-graduação em análise de sistemas. A partir de 1989, dedica-se exclusivamente à atividade artística com ênfase na pintura. Na década de 1990, dedica-se ao estudo de novas técnicas aliadas à computação gráfica e pesquisa de novos materiais, bem como ministra workshops sobre técnicas alternativas de pintura (1991 e 1992), em São Paulo e Porto Alegre. Realiza vários painéis em São Paulo: para o Espaço Cultural Yázigi (1992); para a Estação Júlio Prestes da Fepasa (1995); e para o Espaço Cultural Sopave (1996).
FELIPE Senatore. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8868/felipe-senatore>. Acesso em: 05 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Fernando Coelho (Salvador BA 1939). Pintor, desenhista, artista gráfico, ilustrador e publicitário. Interessa-se desde cedo pelas artes gráficas, trabalhando como publicitário. Em 1961, obtém o primeiro prêmio num concurso de cartazes instituído pelo governo do Estado da Bahia. Faz sua primeira exposição individual em 1964, na Galeria Querino, em Salvador. Em 1997, ilustra o livro Castro Alves: Edição Comemorativa dos 150 anos de Antônio de Castro Alves, junto com outros artistas, editado pela Fundação Banco do Brasil e Odebrechet.
https://www.guiadasartes.com.br/fernando-coelho/principais-obras
FERNANDO CORREIA (NASCEU EM: 1982, SÃO PAULO, SP)
RECONHECIDO POR TRABALHOS EM PINTURA, DESENHO, GRAVURA E COLAGENS ÓPTICAS. INSPIRADO POR NOMES COMO HÉLIO OITICICA E ABRAHAM PALATNIK, DESENVOLVE OBRAS TRIDIMENSIONAIS QUE COMBINAM ELEMENTOS GEOMÉTRICOS E RITMOS IRREGULARES, VALORIZANDO O TOQUE ARTESANAL. PARTICIPOU DE IMPORTANTES SALÕES DE ARTE, INCLUINDO OS DE SANTO ANDRÉ, RIBEIRÃO PRETO E GUARULHOS, ALÉM DE DUAS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS NA FUNARTE EM SÃO PAULO.
Fez o curso de pintura, na Escola de Belas Artes, em Curitiba, tendo sido aluno de Guido Viaro, entre 1948 e 1952. Estudou em Paris, França, como bolsista; aperfeiçoou seus conhecimentos com André Lhote nos anos de 1959 a 1961. Retornou ao Brasil, em 1962, e instalou-se em Curitiba. Foi diretor Secretário do Museu de Arte Contemporânea. Em 1965 foi membro da Comissão Julgadora do 9o Salão de Artes Plásticas para Novos, Curitiba e do 1o Salão de Arte Religiosa Brasileira, Londrina. Foi membro da Comissão Julgadora do 4o Salão da Cidade de Porto Alegre, em 1969, e eleito 1o secretário da Associação dos Museus de Arte do 4o Colóquio dos Museus de Arte do Brasil, Belo Horizonte. Propôs a criação e a regulamentação do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, em 1970. Presidiu o 5o Colóquio dos Museus de Arte do Brasil, Curitiba. Exerceu o cargo de diretor do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, entre 1970 e 1984. Em 1974, participou do 8o Colóquio dos Museus de Arte do Brasil, realizado em Salvador, BA, tendo sido eleito, durante o evento, presidente da Associação dos Museus de Arte. Representou o Paraná na Associação Brasileira de Museologia, entre 1979 e 1985. Em 1984, participou da Brazilian Painters at Middlefest’84, sala especial, Middletown, Ohio, Estados Unidos. Foi nomeado diretor-geral da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, em 1995.
https://www.guiadasartes.com.br/fernando-velloso
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Fernando Torres Vignoli, ou simplesmente Vignoli (Belo Horizonte, 14 de agosto de 1960 – 13 de dezembro de 2016) foi um pintor e escultor brasileiro. Iniciou sua carreira em 1982 criando telas em óleo sobre canvas, onde aplica uma técnica própria, que, segundo ele, possibilita um equilíbrio perfeito na distribuição dos elementos, levando o espectador a se deparar com a textura, a plasticidade e a criação, em perfeita harmonia dentro da história de cada quadro. O estilo de Vignoli é uma fusão entre surrealismo e expressionismo, com influência declarada do mestre espanhol Salvador Dali. Para o artista brasileiro, a diferença entre as criações é que o surrealismo de Dali é inspirado em sonhos e ilusão e seu estilo é o Surrealismo possível e real, baseado nos acontecimentos do mundo contemporâneo. Até 2013, Vignoli já havia exposto suas obras em mais de 20 países.
Vignoli desenvolvia em sua pintura uma interpretação muito pessoal dos dramas humanos, lidando com referências estilísticas do romantismo, expressionismo e da pintura metafísica, movimentos que, como o surrealismo, se dedicaram a interrogar dimensões humanas mais inexprimíveis. Em sua obra vemos quadros de Picasso, Munch, Miró, Magritte e Dalí adornando paredes e cadeiras abandonadas. O teor poético das cenas é pronunciado seguindo a linguagem misteriosa do sonho, proporcionando metáforas e interpretações múltiplas.
Morreu em 13 de dezembro de 2016, aos 56 anos. Internado para tratar de uma leucemia, no dia 12 de dezembro de 2016, teve complicações devido a uma diverticulite, que causou septicemia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vignoli
Doutorado em Artes Visuais (poéticas visuais) ppgav – UFRGS/RS (2014), com pós-doutorado em Artes Visuais- UDESC (2017). Mestrado em Artes Visuais (teoria e crítica) ppgav – UDESC/SC (2007) e bacharelado em Artes Plásticas – UFRGS/RS (1984). Participação no circuito brasileiro de arte contemporânea por meio de exposições, salões e produção acadêmica. Vive e trabalha em Florianópolis/SC
Fonte: http://bienaldecuritiba.com.br/2019/artista/flavia-duzzo/
Flávio Resende de Carvalho (Amparo da Barra Mansa, Rio de Janeiro, 1899 - Valinhos, São Paulo, 1973). Pintor, desenhista, arquiteto, cenógrafo, decorador, escritor, teatrólogo, engenheiro. Muda-se com a família para São Paulo em 1900. Em 1911, passa a estudar em Paris e, três anos depois, na Inglaterra, onde, em Newcastle, em 1918, inicia o curso de engenharia civil no Armstrong College da Universidade de Durham e ingressa no curso noturno de artes da King Edward the Seventh School of Fine Arts. Conclui o curso de engenharia em 1922 e nesse ano volta a residir em São Paulo, onde chega logo após a realização da Semana de Arte Moderna. Desenvolve atividades em várias áreas artísticas e intelectuais, freqüentemente de forma inovadora e provocativa. Participa de concursos públicos de arquitetura, como para o Palácio do Governo do Estado de São Paulo, em 1927, e, embora não tenha sido vencedor em nenhum deles, seus projetos são considerados pioneiros da arquitetura moderna no país. Em 1931, realiza o polêmico evento Experiência nº 2, em que caminha com boné na cabeça, de forma desafiadora, em sentido contrário ao de uma procissão de Corpus Christi e é bastante hostilizado. Em 1932, abre um ateliê, onde funda o Clube dos Artistas Modernos - CAM, com Antonio Gomide (1895-1967), Di Cavalcanti (1897-1976) e Carlos Prado (1908-1992). No ano seguinte, cria o Teatro da Experiência e encena o Bailado do Deus Morto - espetáculo de teatro-dança de sua autoria com estética inovadora, para o qual cria cenografia e figurino e que tem, em sua maioria, atores negros. Realiza, em 1934, a sua primeira exposição individual. A mostra é fechada pela polícia sob alegação de atentado ao pudor, e reaberta alguns dias depois, por ordem judicial. Em 1947, realiza os desenhos da Série Trágica, em que registra a morte da própria mãe. Após publicar, em 1956, uma série de artigos sobre moda na coluna Casa, Homem, Paisagem - em que escreve sobretudo a respeito de arquitetura e urbanismo -, que mantém no Diário de São Paulo, apresenta-se - e causa escândalo - em passeata pelo centro da cidade de São Paulo com o New Look, um traje tropical masculino por ele desenvolvido e que consiste de saia e blusa de mangas curtas e folgadas.
FLÁVIO de Carvalho. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9016/flavio-de-carvalho>. Acesso em: 26 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Shiro Tanaka (Sapporo, Japão 1928). Pintor, gravador, desenhista e cenógrafo. Chega ao Brasil em 1932, e instala-se com a família numa colônia japonesa em Tomé-Açu, no Pará. Reside em São Paulo a partir de 1940. Estuda na Escola Profissional Getúlio Vargas, onde conhece Octávio Araújo (1926-2015), Marcelo Grassmann (1925-2013) e Luiz Sacilotto (1924-2003). Por volta de 1943 tem contato com Alfredo Volpi (1896-1988) e Francisco Rebolo (1902-1980) integrantes do Grupo Santa Helena. Em 1947, integra o Grupo Seibi. No ano seguinte, trabalha na molduraria do pintor Tadashi Kaminagai (1899-1982). Com bolsa de estudo, viaja a Paris, onde permanece de 1953 a 1983. Estuda mosaico com Gino Severini (1883-1966), gravura em metal com Johnny Friedlaender (1912-1992) e litografia na École National Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]; e freqüenta o ateliê de Sugai e Tabuchi. Na década de 1960, participa do movimento artístico brasileiro e integra o Grupo Austral (Movimento Phases) de São Paulo. Dedica-se à abstração informal, desde a década de 1950. A partir dos anos 1970, suas telas apresentam sugestões de figuras, por vezes seres fantásticos ou monstruosos. Em 1990, é publicado o livro Flávio-Shiró, pela editora Salamandra. A exposição Trajetória: 50 Anos de Pintura de Flavio-Shiró é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e no Hara Museum of Contemporary Art, em Tóquio, em 1993, e no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1994.
FLAVIO-SHIRÓ . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8624/flavio-shiro>. Acesso em: 10 de Fev. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand (Recife, 1927 - Recife, 2019). Ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador, gravador. Inicia sua formação em 1942, aprendendo a modelar com Abelardo da Hora (1924). Posteriormente, recebe orientação em pintura de Álvaro Amorim (19-?) e Murilo Lagreca (1899 - 1985). No fim dos anos 1940, pinta principalmente naturezas-mortas, realizadas com grande simplificação formal. Em 1949, viaja para a França, incentivado por Cicero Dias (1907 - 2003). Freqüenta cursos com André Lhote (1885 - 1962) e Fernand Léger (1881 - 1955) em Paris, em 1951. Conhece obras de Pablo Picasso (1881 - 1973) e Joán Miró (1893 - 1983) e descobre na cerâmica seu principal meio de expressão. Entre 1958 a 1999, realiza diversos painéis e murais cerâmicos em várias cidades do Brasil e dos Estados Unidos. Em 1971, inicia a restauração de uma velha olaria de propriedade paterna, próxima a Recife, transformando-a em ateliê, onde expõe permanentemente objetos cerâmicos, painéis e esculturas. Em 1993, é realizada grande retrospectiva de sua produção na Staatliche Kunsthalle, em Berlim. É publicado o livro Brennand, pela editora Métron, com texto de Olívio Tavares de Araújo, em 1997. Em 1998, é realizada a retrospectiva Brennand: Esculturas 1974-1998, na Pinacoteca do Estado - Pesp, em São Paulo. Desde os anos 1990, são lançados vários vídeos sobre sua obra, entre eles, Francisco Brennand: Oficina de Mitos, pela Rede Sesc/Senac de Televisão, em 2000.
FRANCISCO Brennand. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa3999/francisco-brennand>. Acesso em: 22 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
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Francisco Domingos da Silva (Alto Tejo, Acre, 1910 - Fortaleza, Ceará, 1985). Pintor e desenhista. Começa a desenhar a carvão e giz sobre muros e paredes de casebres de pescadores por volta de 1937, em Fortaleza (Ceará). Na década de 40, sob o incentivo do crítico e pintor suíço Jean Pierre Chabloz, inicia-se na pintura à guache e juntamente com Chabloz, Antônio Bandeira e Inimá de Paula, expõe na Galeria Askanasy, no Rio de Janeiro, em 1945. Entre 1961 e 1963, trabalha no recém-criado Museu de Arte da UFCE. Depois de permanecer quatro anos internado em um hospital psiquiátrico, volta a pintar em 1981.
CHICO da Silva. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9894/chico-da-silva>. Acesso em: 27 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
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Francisco Rebolo Gonsales (São Paulo, São Paulo, 1902 - São Paulo, São Paulo, 1980). Pintor e gravador. Inicia seus estudos em artes na Escola Profissional Masculina do Brás, onde tem aula de desenho com o professor Giuseppe Barquita, entre 1915 e 1917. Aos 14 anos, trabalha como aprendiz de decorador de paredes. Paralelamente à sua atividade como decorador, atua como jogador de futebol, passando pela Associação Atlética São Bento, de 1917 a 1922, pelo Sport Club Corinthians Paulista, de 1922 a 1927, e pelo Clube Atlético Ypiranga, de 1927 a 1934. Em 1926, monta ateliê de decoração na Rua São Bento. A partir 1933, transfere seu ateliê para uma sala no Palacete Santa Helena, quando inicia-se na pintura. A partir de 1935, partilha seu ateliê com Mário Zanini (1907-1971). Posteriormente, outras salas do Palacete são transformadas em ateliês e ocupadas por vários pintores. Mais tarde, este grupo de artistas passa a ser denominado Grupo Santa Helena. Rebolo desenvolve uma obra pautada na figuração, mas, a partir da década de 1950, esboça algumas experiências no abstracionsimo e posteriormente no construtivismo. Em 1937, participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e integra a Família Artística Paulista (FAP). Em 1945, trabalha com outros artistas para a criação do Clube dos Artistas e Amigos da Arte (Clubinho), do qual é diretor por várias vezes. Com prêmio de viagem ao exterior, obtido no 3º Salão Nacional de Arte Moderna, embarca para a Europa em 1955. Em 1956, faz curso de restauração no Vaticano, participando da recuperação de uma obra de Raphael (1483-1520). A partir de 1959, incentivado por Marcelo Grassmann (1925-2013), inicia uma série de experiências como gravador.
FRANCISCO Rebolo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8632/francisco-rebolo>. Acesso em: 30 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Francisco Alexandre Stockinger (Traun, Áustria 1919 - Porto Alegre RS 2009). Escultor, gravador, desenhista, caricaturista, xilógrafo, professor. Vem para o Brasil em 1921. Em 1929, fixa-se em São Paulo e faz curso de desenho com Anita Malfatti (1889-1964) no Colégio Mackenzie. Em 1937, passa a viver no Rio de Janeiro e inicia estudos no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro em 1946. Trava contato com Bruno Giorgi (1905-1993), e freqüenta o ateliê do artista, no antigo hospício da Praia Vermelha, entre 1947 e 1950. Convive também com Oswaldo Goeldi (1895-961), Marcelo Grassmann (1925-2013) e Maria Leontina (1917-1984). Realiza caricaturas e charges políticas para jornais. Em 1954, transfere-se para Porto Alegre, para trabalhar na diagramação do jornal A Hora. Nesse período, começa a realizar xilogravuras. Em 1956, ano em que se naturaliza brasileiro, é eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, cargo que ocupa em 1957 e em 1978. É fundador e primeiro diretor do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, em 1961, e diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - Margs e da Divisão de Artes do Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, em 1967. Ministra curso de escultura com modelo vivo com Vasco Prado (1914-1998), no Margs em 1985. Recebe, em 1994, o título de cidadão honorário de Porto Alegre e, em 1997, o prêmio do Ministério da Cultura na área de artes plásticas.
FRANCISCO Stockinger. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9462/francisco-stockinger>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!
Francisco Valdés é um artista masculino chileno contemporâneo, nascido em Santiago (CL) em 1968.
A primeira exposição de Francisco Valdés foi Silenciar Amigos y Enemigos por Igual no Museu de Arte Contemporânea de Valdivia em 2001, e a exposição mais recente foi Francisco Valdés - Témpera na Galeria Gabriela Mistral em Santiago em 2014.
Francisco Valdés expõe principalmente no Chile, mas também teve exposições na Bélgica, Itália e em outros lugares.
Valdés teve 6 mostras individuais e 18 mostras coletivas nos últimos 13 anos, também não esteve em feiras de arte e em duas bienais. O show mais importante foi a 2º Bienal de Praga em Karlin Hall em Praga em 2005. Outras mostras importantes foram na Lukas Feichtner Galerie em Viena e na CIFO - Cisneros Fontanals Art Foundation em Miami, Flórida. Francisco Valdés expôs com Ivan Navarro e Jota Castro.
Texto retirado e traduzido de: https://artfacts.net/artist/francisco-valdes/42057
Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil.
Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille.
Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti como melhor ilustrador nacional. Também possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega para realizar diversas exposições naquele país e pronunciar palestras sobre as artes do Brasil. Foi professor, ilustrou capas de livros de escritores famosos, criou painéis para instituições e foi agraciado com vários prêmios. Viajou por toda a Europa e diversos países americanos.
Sua obra Ressaca, de 1959, pertence ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt.
Realizou exposições individuais e participou de coletivas em Salões desde 1941 no Brasil, França, Inglaterra, Noruega, estados Unidos, Áustria, Peru e Argentina.
Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México.
Participou dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna no Rio e outros Estados.
Possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
guiadasartes.com.br/frank-schaeffer
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Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia, 1921 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017). Escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Autor de obras que têm como característica a exploração de elementos da natureza, destaca-se pelo ativismo ecológico, que associa arte e defesa do meio ambiente.
Nascido na Polônia, Krajcberg forma-se em engenharia e artes pela Universidade de Leningrado. Mais tarde, ao mudar-se para a Alemanha, ingressa na Academia de Belas Artes de Stuttgart, onde é aluno do pintor alemão Willi Baumeister (1889-1955).
Sua carreira artística se inicia no Brasil, onde chega em 1948, procurando reconstruir a vida depois de perder toda a família em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Reside um curto período no Paraná (isolando-se na floresta para pintar) e, em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com duas pinturas. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1956, onde divide ateliê com o escultor Franz Weissmann (1911-2005). Naturaliza-se brasileiro no ano seguinte. Suas pinturas desse período tendem à abstração, predominando tons ocre e cinza. Trabalha motivos da floresta paranaense, com emaranhados de linhas vigorosas.
O artista retorna a Paris em 1958, onde permanece até 1964. Alterna a estada em Paris com viagens a Ibiza, Espanha, onde produz trabalhos em papel japonês modelado sobre pedras e pintados a óleo ou guache. Essas "impressões" são realizadas com base no contato com a natureza e aproximam-se, nas formas, de paisagens vulcânicas ou lunares. Também em Ibiza, a partir de 1959, produz as primeiras "terras craqueladas", relevos quase sempre monocromáticos, com pigmentos extraídos de terras e minerais locais. Como nota o crítico Frederico Morais, a natureza torna-se a matéria-prima essencial do artista.
De volta ao Brasil, em 1964, instala um ateliê em Cata Branca, Minas Gerais. A partir desse momento ocorre em sua obra a explosão no uso da cor e do espaço. Começa a criar as "sombras recortadas", nas quais associa cipós e raízes a madeiras recortadas. Nos primeiros trabalhos, opõe a geometria dos recortes à sinuosidade das formas naturais. Destacam-se as projeções de sombras em suas obras.
Em 1972, passa a residir em Nova Viçosa, litoral sul da Bahia. Amplia o trabalho com escultura, iniciado em Minas Gerais. Intervém em troncos e raízes, entendendo-os como desenhos no espaço. Essas esculturas fixam-se no solo ou buscam libertar-se, direcionando-se para o alto. A partir de 1978, atua como ecologista, luta que assume caráter de denúncia em seus trabalhos: "Com minha obra, exprimo a consciência revoltada do planeta"1. Krajcberg viaja constantemente para Amazônia e Mato Grosso, e registra, por meio da fotografia, desmatamentos e queimadas em imagens dramáticas. Dessas viagens, retorna com troncos e raízes calcinados, que utiliza em esculturas.
Na década de 1980, inicia nova série de "gravuras", que consiste na modelagem em gesso de folhas de embaúba e outras árvores centenárias, impressas em papel japonês. Também nesse período, realiza a série Africana, utilizando raízes, cipós e caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. Krajcberg sempre fotografa suas esculturas, muitas vezes tendo o mar como fundo.
O Instituto Frans Krajcberg, em Curitiba, é inaugurado em 2003, recebendo a doação de mais de uma centena de obras do artista. Krajcberg, ao longo da carreira, mantém-se fiel a uma concepção de arte relacionada à pesquisa e utilização de elementos da natureza. A paisagem brasileira, em especial a floresta amazônica, e a defesa do meio ambiente marcam toda sua obra.
FRANS Krajcberg. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10730/frans-krajcberg>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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FULVIO PENNACCHI (1905, VILLA COLLEMANDINA, ITÁLIA – FALECEU EM: 1992, SÃO PAULO,SP)
PINTOR E DESENHISTA. FORMOU-SE EM ARTES EM LUCCA, ITÁLIA, ANTES DE SE MUDAR PARA SÃO PAULO EM 1929. EM 1933, COMEÇOU A TRABALHAR COM O ESCULTOR GALILEO EMENDABILI EM MONUMENTOS FÚNEBRES E, EM 1935, ASSOCIOU-SE AO GRUPO SANTA HELENA, APÓS CONHECER FRANCISCO REBOLO. INTEGROU A FAMÍLIA ARTÍSTICA PAULISTA (FAP). DESTACOU-SE POR AFRESCOS DE GRANDE ESCALA, COMO OS DA IGREJA NOSSA SENHORA DA PAZ, EM SÃO PAULO. A PARTIR DE 1952, DEDICOU-SE À CERÂMICA COM TÉCNICAS POLICROMÁTICAS. RECEBEU HOMENAGENS NO BRASIL E NA ITÁLIA. EM 1980, SEU TRABALHO FOI DOCUMENTADO POR PIETRO MARIA BARDI, E EM 1989, FOI LANÇADO O LIVRO "OFÍCIO PENNACCHI".
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