Maciej Antoni Babinski (Varsóvia, Polônia 1931). Gravador, ilustrador, pintor, desenhista, professor. Em 1940, migra com a família para a Inglaterra, por causa da Segunda Guerra Mundial, 1939-1945. Inicia sua formação artística, tendo aulas de aquarela com o padre Raphael Williams O.S.B., que o introduz na técnica da pintura ao ar livre. Em 1949, fixa-se com a família em Montreal, Canadá, onde estuda pintura com John Goodwin Lyman, na McGill University. Além disso, tem aulas de gravura com Eldon Grier e faz cursos de desenho e pintura com Goodrich Roberts, na Art Association of Montreal. No ateliê de Roberts, pinta paisagens, interiores e naturezas-mortas. Paralelamente aproxima-se do grupo de vanguarda Les Automatistes [Os Automatistas], reunido em torno de Paul-Émile Borduas, e expõe com eles, em 1952, no Musée des Beaux-Arts de Montréal [Museu de Belas Artes de Montreal]. Ainda na fase canadense, realiza sua primeira individual, em 1953. Nesse mesmo ano, muda-se para o Brasil, e permanece no Rio de Janeiro até 1965. No período carioca entra em contato com Oswaldo Goeldi, Augusto Rodrigues e Darel, e participa de diversos salões e mostras coletivas. Realiza, em 1961, 24 águas-fortes para o livro Cadernos de João, de Aníbal Machado, editado pelos Cem Bibliófilos do Brasil. A galeria Selearte, em São Paulo, e a Petite Galerie, no Rio de Janeiro, abrigam suas primeiras individuais no Brasil, em 1962 e 1964, respectivamente. Em 1965 é convidado a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília - ICA/UnB, da qual se afasta um ano depois em virtude de perseguições políticas. Após viver oito anos em São Paulo, de 1966 a 1974, muda-se para Minas Gerais, primeiro para Araguari e depois para Uberlândia, e vai lecionar na Universidade Federal de Uberlândia - UFU, onde fica de 1979 até 1987. Com a anistia política é reintegrado à UnB em 1988, lá permanece até se aposentar, em 1991, quando passa a residir em Várzea Alegre, interior do Ceará. Em 2004, é realizada a retrospectiva Babinski: 50 Anos de Brasil, no Conjunto Cultural da Caixa, em Brasília.
BABINSKI . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10210/babinski>. Acesso em: 05 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Manabu Mabe (Kumamoto, Japão 1924 - São Paulo SP 1997). Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em revistas japonesas e livros sobre arte. Em 1945, na cidade de Lins, aprende a preparar a tela e a diluir tintas com o pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. No fim da década de 1940, em São Paulo, conhece o pintor Tomoo Handa a quem apresenta seus trabalhos. Integra-se ao Grupo Seibi e participa das reuniões de estudos do Grupo 15. No ano seguinte adquire conhecimentos técnicos e teóricos com o pintor Yoshiya Takaoka. Nos anos 1950 toma parte nas exposições organizadas pelo Grupo Guanabara. Em 1957 vende seu cafezal em Lins e muda-se para São Paulo para dedicar-se exclusivamente à pintura. No ano seguinte, recebe o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Em 1959, é homenageado com o artigo intitulado The Year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe], publicado na revista Time, em Nova York. Conquista prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris. Nos anos 1980 pinta um painel para a Pan American Union em Washington, Estados Unidos; ilustra O Livro de Hai-Kais, tradução de Olga Salvary e edição de Massao Ohno e Roswitha Kempf; e elabora a cortina de fundo do Teatro Provincial, em Kumamoto, Japão.
Comentário Crítico
Manabu Mabe vem com a família para o Brasil em 1934 e trabalha na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Em 1941, reside na cidade de Lins, onde realiza desenhos a crayon e aquarelas. Dedica-se a essa atividade apenas nos dias de chuva - quando não pode trabalhar - e aos domingos. Adquire suas primeiras tintas a óleo em 1945. Dilui as tintas em querosene e utiliza como suporte para as pinturas o papelão ou a madeira. Nesse período, recebe orientação artística do pintor e fotógrafo Teisuke Kumasaka. Em 1947, em uma viagem a São Paulo conhece o pintor Tomoo Handa, que o incentiva a ter a natureza como fonte de inspiração. No ano seguinte, estuda com o pintor Yoshiya Takaoka, que lhe transmite ensinamentos técnicos e teóricos sobre pintura. Nesse período, participa do Grupo Seibi e integra o Grupo 15, com Yoshiya Takaoka, Shigueto Tanaka e Tomoo Handa, entre outros. Dedica-se ao estudo do nu artístico, pinta paisagens e naturezas-mortas, primeiramente em estilo mais conservador e depois aproxima-se progressivamente do impressionismo e fauvismo.
Na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, toma contato com obras de artistas da Escola de Paris, como Jean Claude Aujame, André Minaux, André Marchand e Bernard Lorjou, experiência que, segundo o próprio artista, modifica sua forma de pensar e a atitude perante a pintura. No começo da década de 1950, apresenta em suas telas formas geometrizadas, aproximando-se do cubismo, e figuras contornadas por grossos traços negros. Sua produção dialoga com a obra de Pablo Picasso e de Candido Portinari, pelos quais mantém forte admiração, como podemos observar em Carregadores ou Colheita de Café, ambas de 1956. Gradualmente, adere à abstração e, em 1955, pinta sua primeira obra abstrata Vibração-Momentânea. Muda-se com a família para São Paulo em 1957, a fim de iniciar a carreira de pintor profissional. Recebe, em 1959, o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, com as pinturas abstratas Grito e Vitorioso, ambas realizadas em 1958. As obras aludem ao sentimento de alegria do artista pelo convite para participação no evento. Vitorioso é ainda uma homenagem à atuação de Pelé na Copa do Mundo do ano anterior.
Em 1959, participa da 5ª Bienal Internacional de São Paulo, com as obras Composição Móvel, Pedaço de Luz e Espaço Branco, todas daquele ano, e recebe o prêmio de Melhor Pintor Nacional. As pinturas destacam-se pelas grandes manchas cromáticas, executadas em gestos rápidos e largos, em que se percebe o equilíbrio entre a espontaneidade e a contenção. Nessas telas, encontramos referências à tradicional arte da caligrafia japonesa. Consagra-se, no mesmo ano, nacional e internacionalmente: é premiado na 1ª Bienal dos Jovens de Paris; a revista Time dedica-lhe um artigo, intitulado The year of Manabu Mabe [O ano de Manabu Mabe]; e, no ano seguinte, é premiado na 30ª Bienal de Veneza. Torna-se assim um dos artistas mais destacados do abstracionismo informal brasileiro. Realiza exposições individuais e participa de mostras coletivas na América Latina, Europa e nos Estados Unidos.
No início de sua trajetória no campo da abstração, Manabu Mabe explora em suas obras o empastamento, a textura e o traço e se revela um colorista de porte. Ao voltar-se para o universo das formas caligráficas, percebe também as possibilidades de criar uma linguagem lírica com a cor. Dessa forma, em meados da década de 1960, começa a aproximar-se também de certos aspectos do tachismo. Os títulos de suas obras evocam emoções ou fenômenos da natureza como, em Canção Melancólica, 1960, Primavera, 1965, Vento de Equador, 1969, Outono Tardio, 1973, Meus Sonhos, 1978 ou Viver, 1989. A partir da década de 1970, cristaliza seus procedimentos anteriores - que reaparecem estilizadamente em quase toda sua produção -, incorpora em seus quadros figuras humanas e formas de animais, apenas insinuadas ou sugeridas, mas que em geral são representadas em grandes dimensões. Paralelamente, as grandes massas transparentes e etéreas com que vinha trabalhando adquirem um aspecto de solidez.
Referência: Itaú Cultural
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Manuel Araújo (Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, 1910 - São Paulo, São Paulo, 1993). Pintor, gravador, serígrafo, cantor e compositor. Muda-se para Recife em 1916 e cursa a Escola de Comércio de Pernambuco nos anos 1920. Dedica-se à música a partir da década de 1930, compõe e canta emboladas, além de gravar cerca de uma centena delas. Começa a pintar em 1950, de maneira autodidata. Em 1957, morando no Rio de Janeiro, desiste da carreira de músico e abre restaurante de comidas típicas nordestinas, dedicando-se concomitantemente a atividades comerciais e à pintura. Em 1963, acontece a sua primeira exposição individual, em São Paulo, na Galeria Astréia e, dois anos depois, ocorre outra individual, na Galeria Capela. Publica, no Rio de Janeiro, o álbum de serigrafias Meu Brasil, de 1968, com apresentação de Aldemir Martins (1922-2006).
MANEZINHO Araújo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9835/manezinho-araujo>. Acesso em: 23 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
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MANOEL SANTIAGO (NASCEU EM: 1897, MANAUS – FALECEU EM: 1987, RIO DE JANEIRO)
ARTISTA PLÁSTICO DE DESTAQUE NA MODERNIDADE ARTÍSTICA NACIONAL. FORMADO EM DIREITO, ESTUDOU NA ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES, ONDE FOI ALUNO DE RODOLPHO CHAMBELLAND, BATISTA DA COSTA E ELISEU VISCONTI. RECEBEU O PRÊMIO DE VIAGEM DO SALÃO NACIONAL DE BELAS ARTES EM 1927, QUE O LEVOU A PARIS. DE VOLTA AO BRASIL, LECIONOU NO NÚCLEO BERNARDELLI A PARTIR DE 1934, INFLUENCIANDO ARTISTAS COMO PANCETTI E MILTON DACOSTA. SUAS OBRAS, MARCADAS PELO DOMÍNIO DO PLEIN AIR, DESTACAM-SE PELA PALETA VIBRANTE E ATMOSFERAS LUMINOSAS. CASADO COM A PINTORA HAYDÉA SANTIAGO, CONTRIBUIU SIGNIFICATIVAMENTE PARA A FORMAÇÃO DE ARTISTAS MODERNISTAS E PARA A INOVAÇÃO DA ARTE BRASILEIRA.
www.bolsadearte.com/oparalelo/manoel-santiago-mestre-impressionista
Chagall nasceu em 1887, na Rússia Czarista, mais precisamente no “Território do Acordo” ou “Zona Residencial” onde era permitida a residência de judeus junto com uma população local de russos cristãos. Essa “Zona Residencial” compreendia a Bielorrúsia, a Ucrânia, a Polônia e a Lituânia. A cidade em que nasceu – Vitebsk – tinha 50 mil habitantes, sendo a metade judia. Vitebsk contava com uma catedral e uma igreja rodeadas de belas casas, mas a numerosa família de Marc Chagall morava na parte pobre da cidade. Ele era o mais velho de nove filhos, entre os quais se destacava, pois falava russo ao invés de ídiche, havia tido aulas de violino e canto e começara a desenhar. Já adolescente, solicitou com muita perseverança a autorização de residência na Capital, exigida aos judeus. Em São Petersburgo, recebeu uma bolsa de estudos que lhe permitiu estudar em uma afamada escola com o pintor Leon Bakst.
Apesar de ser muito religiosa, sua família entendeu seu desejo de explorar um mundo pictórico sem limitações iconográficas, no qual a figura humana sempre está presente. Nessa época conheceu a jovem que seria sua esposa, Bella Rosenfeld.
Em 1910 chegou o momento de buscar novos horizontes: Paris. Um mês antes, Leon Bakst havia se instalado na capital francesa. Foram tempos duros, de muita pobreza, porém Marc Chagall continuou trabalhando sem parar.
Foi a época do descobrimento do impressionismo, do surrealismo, do cubismo e do fauvismo. Aprendeu novas técnicas, mas continuou fiel à sua maneira de pintar, retratando Vitebsk com sua catedral e igreja, junto com as casinhas de madeira, seus habitantes, porém, de uma maneira muito poética. Pode-se dizer que Marc Chagall foi um artista solitário em seu mundo de recordações e simbologias.
Na primavera de 1914, seu amigo, o poeta Apollinaire lhe consegue sua primeira exposição individual em Berlim. Chagall vê a oportunidade de visitar Rússia, sua família e Bella. Mesmo em época de guerra consegue um visto de três meses, mas chegando na Rússia fecham-se as fronteiras e ele fica ali por oito anos. É um período de muita produção e do seu casamento com Bella.
Chegou a Revolução Bolchevique e Chagall aderiu a ela com entusiasmo. Obteve o cargo de Comissário de Belas Artes em Vitebsk. Para o individualista Chagall foi difícil adaptar sua pintura às diretrizes do partido. Mudou-se para Moscou com sua mulher e filha. Logo conseguiu voltar a Paris, sua segunda Vitebsk. Em Paris, sua carreira deslanchou. Os poetas franceses elogiaram a poesia em seus trabalhos: amantes, luas, flores, o mundo circense e, sempre, Vitebsk. Na década de 1930, a atmosfera de sua obra mudou, ficou obscura e com temas judaicos, na qual a solidão se instalou. É época do nazismo, os perigos o ameaçam, seu povo e a toda Europa. Trabalhou muito com a figura de Cristo e às cores que usava soma-se o vermelho ameaçador. Os nazistas chegaram na França e Chagall mudou-se para Nova York, seu exílio durante os anos da guerra. Sua força criativa perdeu vigor, o pintor estava aflito e esgotado. Em 1944, Bella morreu de um vírus misterioso, jovem ainda. Essa grande perda no meio da guerra deixou o pintor em uma profunda depressão.
Passaram-se 25 anos de trabalho criativo e Chagall voltou a Paris em 1948. Os temas de sua obra estavam todos presentes: Vitebsk, seus personagens, os animais substituindo pessoas, os amantes, Cristo sofredor, as flores, e agora a Torre Eiffel. Mudou-se para Cap Ferrat e casou com Valentina Brodsky (Vavá). Começou a dedicar-se à gravura e são os temas bíblicos que nela predominam. Também usou esses motivos nos seus famosos vitrais tanto em sinagogas como em igrejas. Sempre ativo, descobriu com Picasso a cerâmica que usou até o fim de sua vida. Ao morrer, deixou uma obra cheia de humanidade.
Texto retirado de: https://chagall.org.br/marc-chagall/
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Marcello Nitsche (São Paulo, São Paulo, 1942 - idem 2017). Pintor, artista intermídia, escultor, desenhista, gravador, professor. Cursa a Faculdade de Belas Artes da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, onde conclui a licenciatura em desenho, em 1969. Recebe, nesse ano, o prêmio da Prefeitura do Município de São Paulo para obra de pesquisa mais relevante na Bienal Internacional de São Paulo. No início da carreira, atua como gravador, passando logo depois a se dedicar à pintura. Aproxima-se da arte pop, realizando pinturas inspiradas no processo de elaboração da imagem utilizado nas histórias em quadrinhos. Desde os anos 1980, a gestualidade da pintura e a trama de pinceladas passam a ser temas centrais em sua produção. Possui esculturas em espaços públicos, como Garatuja, 1978, uma estrutura modulada, instalada na praça da Sé, e Pincelada Tridimensional, 2000, no parque da Luz, ambas em São Paulo. Em pinturas realizadas a partir de 2001, inspira-se nos códigos de barra, e explora linhas verticais e seqüências de números.
MARCELLO Nitsche. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10447/marcello-nitsche>. Acesso em: 16 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Marcelo Cipis (São Paulo SP 1959). Pintor, desenhista e ilustrador. Inicia sua formação em artes plásticas, em 1968, no ateliê livre de criação coordenado por Naum Alves de Souza (1942), na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap. Freqüenta o ateliê de Fanny Abramovitch, entre 1970 e 1971, e tem aulas com Luiz Paulo Baravelli (1942), em 1976. No ano seguinte, ingressa na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, formando-se em 1982. Nesse período começa a trabalhar como ilustrador em revistas e jornais e estuda aquarela com Rubens Matuck (1952). De 1983 a 1985 tem aulas de desenho e pintura com Dudi Maia Rosa (1946). Participa, em 1984, da 11ª Bienal de Artes Gráficas de Brno, na Tchecoslováquia, atual República Tcheca. Realiza sua primeira individual em 1988, na Galeria Documenta, em São Paulo. Participa da 21ª Bienal Internacional de São Paulo, com a instalação Cipis Transworld, das 4ª e 5ª edições da Bienal de Havana, Cuba. Recebe, em 1994, o Prêmio Jabuti pela capa do livro Como Água para Chocolate, de Laura Esquivel, publicado pela Editora Martins Fontes. Em 2000 ganha bolsa da Pollock-Krasner Foundation em São Paulo. Produz ilustrações para vários jornais, revistas e livros infantis.
MARCELO Cipis. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa4897/marcelo-cipis>. Acesso em: 29 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Marcelo Grassmann (São Simão, São Paulo, 1925 - São Paulo, São Paulo, 2013). Gravador, desenhista, ilustrador, professor. Estuda fundição, mecânica e entalhe em madeira na Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo, entre 1939 e 1942. Passa a realizar xilogravuras a partir de 1943. Atua como ilustrador do Suplemento Literário do Diário de São Paulo, entre 1947 e 1948, e do jornal O Estado de S. Paulo, em 1948. Reside no Rio de Janeiro a partir de 1949, atuando como ilustrador do Jornal do Estado da Guanabara. Freqüenta, no Liceu de Artes e Ofícios, os cursos de gravura em metal, com Henrique Oswald (1918-1965), e de litografia, com Poty Lazzarotto (1924-1998). Em 1952, reside em Salvador, onde trabalha com Mario Cravo Júnior (1923). Recebe, em 1953, o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), e viaja para Viena, onde estuda na Academia de Artes Aplicadas. Passa a dedicar-se principalmente ao desenho, à litografia e à gravura em metal. Em 1969, sua obra completa é adquirida pelo governo do Estado de São Paulo, passando a integrar o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp). Em 1978, a casa em que nasceu, em São Simão, é transformada em museu, por iniciativa da Secretaria de Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo, e tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) no mesmo ano. Entre 1991 e 1992, Grassmann é bolsista da Fundação Vitae, em São Paulo.
MARCELO Grassmann. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8824/marcelo-grassmann>. Acesso em: 27 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Marcos Coelho Benjamim (Nanuque MG 1952). Escultor, pintor, cartunista, designer gráfico, ilustrador, desenhista e cenógrafo. Em 1969, muda-se para Belo Horizonte. No colégio, começa de forma autodidata a desenhar quadrinhos e, em 1971, passa a colaborar com charges e ilustrações em jornais mineiros. Entre 1971 e 1972, conhece, por intermédio de Manfredo de Souzanetto (1947), os artistas Lotus Lobo (1943) e Noviello (1929) e o colecionador Gilberto Chateaubriand, que adquire alguns de seus desenhos. Participa da 12ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1973. Em 1974, conquista o prêmio viagem ao México no 2° Salão Global de Inverno de Belo Horizonte e, em 1977, o grande prêmio da International Cartoon Exhibition, em Atenas. Ainda em 1977, volta a sua cidade natal, e lá permanece por um ano, época em que tem a oportunidade de fazer uma série de brinquedos de materiais reciclados e orgânicos para seus filhos. Participa, em 1979, de caravana de artistas promovida por Paulo Laender (1945) para o vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, onde tem contato com diversos artesãos locais e passa a dedicar-se à criação de objetos tridimensionais e instalações. Cria, em 1988, a cenografia dos espetáculos Uatki e Mulheres, do Grupo Corpo, de Belo Horizonte. Em 1989, com o convite para expor na 20ª Bienal Internacional de São Paulo, inicia a fase de produção de obras em grandes escalas e dimensões.
Autodidata, Marcos Coelho Benjamim muda-se, em 1969, de sua cidade natal, Nanuque, Minas Gerais, para Belo Horizonte, onde passa a produzir histórias em quadrinhos e desenhos de humor, com os quais colabora em diversas publicações. Em 1976, começa a realizar aquarelas povoadas por figuras fantásticas, nas quais mantém afinidades com a obra de Marcelo Grassmann (1925).
A repetição de ritmos, de gestos gráficos e o gosto pela geometria caracterizam a sua produção. O artista serve-se de materiais usados e com superfícies ásperas e gastas, como velhas latas de óleo, madeira de restos de construção ou de demolição e cones de metal oxidados, freqüentemente enquadrados em caixas de madeira. No começo da década de 1990, passa a realizar trabalhos em grandes dimensões, como as delicadas obras de formas circulares, retangulares e trapezóides, que compõe fixando delgadas estrias de zinco sobre suportes de madeira. Benjamim cria também peças em mosaico com as pedras retiradas da região de São Tomé das Letras, Minas Gerais, por vezes coloridas com pigmento de pó de xadrez azul ultramarino. A irregularidade natural das pedras acresce um valor táctil à obra.
Para a historiadora da arte Aracy Amaral, o trabalho de Marcos Coelho Benjamim revela grande ligação com a cultura popular de Minas Gerais, em sua tradição de trabalho artesanal e no reaproveitamento dos materiais.
MARCOS Coelho Benjamim. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8926/marcos-coelho-benjamim>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Maria Anna Olga Luiza Bonomi (Meina, Itália 1935). Cenógrafa e figurinista. Realiza cenários e figurinos de destaque nos anos 1960, principalmente ao lado do diretor Antunes Filho, com quem realiza trabalhos em que cenografia e encenação interagem num amálgama artístico de primeira grandeza.
Opta pela nacionalidade brasileira em 1953, formando-se em desenho na Universidade de Columbia, Nova York, em 1956, tornando-se artista plástica.
Seu primeiro trabalho como cenógrafa é em As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller, em 1960, para o Pequeno Teatro de Comédia. No ano seguinte, para essa mesma companhia, faz Sem Entrada e Sem Mais Nada, de Roberto Freire, ambos espetáculos de Antunes Filho, seu futuro marido.
Em 1962, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), está em Yerma, de Federico García Lorca, outra encenação de Antunes, levando o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Teatro (APCT), de melhor figurino. Logo a seguir, faz A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, uma direção de Flávio Rangel para a casa. Para o Teatro da Esquina, empreendimento de Antunes e Ademar Guerra, Maria faz dois trabalhos de grande relevo: A Megera Domada, de William Shakespeare, em 1965, premiada com o Saci, Molière e APCT de melhor cenógrafa, e A Cozinha, de Arnold Wesker, 1968, em que ganha melhor cenografia pelo Prêmio Governador do Estado, ambos conduzidos por Antunes.
Para o mesmo diretor, em 1967, cenografa Black-Out, de Frederick Knott, reproduzindo um autêntico apartamento nova-iorquino para ambientar a ação.
Para o mesmo encenador cria, em 1970, os figurinos de Peer Gynt, de Henrik Ibsen, sendo novamente premiada. Em 1971, cria o apartamento do publicitário de Corpo a Corpo, de Oduvaldo Vianna Filho, sua última colaboração com Antunes Filho, de quem se separa em 1972. Com Ademar Guerra, no Paraná, faz dois trabalhos bem-sucedidos: A Colônia Cecília, de Renata Palottini, em 1984, e Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, 1989, duas superproduções envolvendo elencos numerosos.
Sobre a importância da parceria artística entre Maria e Antunes, comenta o diretor Ademar Guerra: "Depois de Doce Pássaro, Antunes Filho volta da Europa e dirige no Pequeno Teatro de Comédia As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller, e Sem Entrada e Sem Mais Nada, de Roberto Freire. Nessa época, Maria Bonomi entra na vida do Antunes. Ela o faz mudar. Maria foi a ponte para Antunes dar seu grande salto qualitativo. A sua influência na carreira dele é muito grande. Eles se conheceram em As Feiticeiras de Salém - ela fazia cenário e figurino. Ali Maria começa a ampliar a visão de Antunes. Ela percebe o gênio e o estimula a se abrir para as coisas que ele poderia entender e fazer. Sem Maria, não sei o que seria do Antunes. Ela o ajuda a queimar etapas, de uma forma positiva. O que me impressionou na Maria Bonomi, desde que a conheci, é que está sempre muitos anos à frente. Ela intui as coisas antes que aconteçam. Devia abrir uma tenda, dessas que lêem o futuro, tamanha a sua capacidade de se antecipar aos fatos, às tendências... ".1
Notas
1. GUERRA, Ademar: Depoimento sobre Maria Bonomi. In: MENDES, Oswaldo. Ademar Guerra: teatro de um homem só. São Paulo: Senac, 1997. p. 43.
MARIA Bonomi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8447/maria-bonomi>. Acesso em: 27 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort (Toulon, França, 1879 - Rio de Janeiro, RJ, 1958). Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem a amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Fonte: https://www.guiadasartes.com.br/marie-nivoulies-de-pierrefort/biografia
Mário Gruber Correia (Santos, São Paulo, 1927). Pintor, gravador, escultor, muralista. Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual e passa a estudar gravura com Poty (1924-1998) e a trabalhar com Di Cavalcanti (1897-1976). Recebe bolsa de estudo em 1949, vai morar em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] com o gravador Édouard Goerg (1893-1969) e trabalha com Candido Portinari (1903-1962). Retorna ao Brasil em 1951 e funda o Clube de Gravura (posteriormente Clube de Arte) em sua cidade natal, onde volta a residir. É professor de gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1953, e dá aulas de gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1961 e 1964. Monta ateliê de gravura em São Paulo em 1970. De 1974 a 1978, mora em Paris, depois, ao retornar ao Brasil, mora em Olinda, Pernambuco. Em 1979, monta ateliê em Nova York. De volta a São Paulo, realiza obras de grande porte em espaços públicos como a estação Sé do Metrô e o Memorial da América Latina. Na década de 2000, continua a trabalhar intensamente, com uma produção anual de 100 a 120 obras.
MÁRIO Gruber. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10118/mario-gruber>. Acesso em: 28 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Mário Zanini (São Paulo SP 1907 - idem 1971). Pintor, decorador, ceramista, professor. Aos 13 anos, inicia curso de pintura da Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo. Trabalha como letrista na Companhia Antarctica Paulista, entre 1922 e 1924. Em 1924, matricula-se no curso noturno de desenho e artes do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, que conclui em 1926. Conhece Alfredo Volpi em 1927 e no ano seguinte estuda com o pintor Georg Elpons. Trabalha no escritório de decoração de Francisco Rebolo entre 1933 e 1938. Em 1935, instala-se no palacete Santa Helena, na praça da Sé, onde divide, a partir de 1936, uma sala com Manoel Martins e Clóvis Graciano. Da reunião desses e de outros artistas, surge o Grupo Santa Helena. Em 1940 recebe medalha de prata no 46º Salão Nacional de Belas Artes - SNBA e é convidado por Rossi Osir a trabalhar em seu ateliê de azulejos artísticos, o Osirarte. Sua primeira exposição individual acontece em 1944, na galeria da Livraria Brasiliense, em São Paulo. Em 1950, viaja por seis meses pela Itália, em companhia de Volpi e Osir. Ensina gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos em 1958. A partir de 1968 leciona na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Sua família doa 108 de suas obras ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP em 1974.
Comentário Crítico
Filho de imigrantes italianos, Mario Zanini desenvolve sua trajetória artística em São Paulo, onde reside no bairro operário do Cambuci. Em 1927, torna-se amigo de Alfredo Volpi, vindo a integrar, juntamente com esse artista, o Grupo Santa Helena. Dessa convivência, resulta a produção de composições mais livres, com o uso de pinceladas largas, marcadas pela tensão entre uma pintura emocional e a vontade de formalização, como ressalta a crítica de arte Alice Brill. A afinidade com Volpi, segundo Brill, pode ser observada no modo de aplicar as pinceladas e no tratamento das figuras. Já a influência da obra do pintor francês Paul Cézanne, que marca a produção dos artistas santelenistas, está presente, por exemplo, em Trecho de Linha, 1939.
Tanto na gravura como na pintura, o artista representa diversas cenas da cidade de São Paulo, em que, por vezes, aparecem as chaminés das fábricas vistas da janela de seu ateliê. A temática da vida urbana é constante em sua produção, na qual aparecem retratados, por exemplo, os músicos populares, os operários e grupos de crianças ou de ciclistas.
Mario Zanini realiza também muitas paisagens, em que retrata os subúrbios paulistanos que começavam a ser tomados pela metrópole. Representa, em várias obras, grupos de pessoas sentadas às margens do rio Tietê, as lavadeiras características e, ainda, as regatas que ali se realizavam. Acompanhado por outros artistas do Grupo Santa Helena, realiza freqüentes viagens ao litoral e interior do Estado de São Paulo, que lhe servem de inspiração.
Referência: Itaú Cultural
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José Carlos de Porangaba Martins (Porangaba, São Paulo, 1944). Pintor, desenhista, gravador e professor. Fixa residência em São Paulo, e cursa desenho, pintura e modelo vivo na Associação Paulista de Belas Artes, entre 1967 e 1970. Na década de 70, estuda gravura com Paulo Mentem e modelagem com Olinda Dalma; e funda o Atelier J. Martins, em 1972. Em 1980, leciona pintura na Escola Panamericana de Artes.
MARTINS de Porangaba. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9812/martins-de-porangaba>. Acesso em: 19 de Fev. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Maria Marysia Portinari Greggio (Araçatuba, São Paulo, 1937). Pintora, desenhista, gravadora e escultora. Estuda desenho e pintura com Waldemar da Costa (1904-1982) e tem aulas sobre a história da arte de Flávio Motta (1916) no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1955. Expõe pela primeira vez na Galeria Prestes Maia em 1957. No mesmo ano, tem obras expostas em Lisboa e Madri. Vivendo entre São Paulo e Rio de Janeiro, torna-se assistente e aluna de seu tio, o pintor Candido Portinari (1903-1962). Em 1959, pinta um mural para o Lloyd Seguros Gerais em São Paulo. Recebe, em 1963, o prêmio de "Melhor Pintor do Ano", concedido pela TV Excelsior e, mais tarde, pela Associação de Imprensa de São Paulo em 1971. É eleita presidente do Clube dos Artistas e Amigos da Arte, o "Clubinho" em 1974. Em 2008, é publicado do livro Livro ilustrado de arte: vida e obra de Marysia Portinari: a invenção da memória, editado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, com texto do crítico de arte Jacob Klintowitz.
MARYSIA Portinari. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9191/marysia-portinari>. Acesso em: 18 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Maurício Nogueira Lima (Recife, Pernambuco, 1930 – Campinas, São Paulo, 1999). Pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico e professor. Transita entre a pintura e a comunicação visual, construindo trabalhos a partir da abstração geométrica, da experimentação das cores, e das imagens que percorrem os meios de comunicação de massa.
Muda-se com a família para São Paulo aos 2 anos. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, frequenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conhece os artistas gráficos Alexandre Wollner (1928-2018) e Antônio Maluf (1926-2005), e o pintor polônes Leopold Haar (1910-1954), profissionais com quem desenvolve diversos trabalhos.
Na tela Composição 1 (1952), cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta e dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título (1962), na qual apresenta pequenos quadrados em ocre, azul e verde, distribuídos sobre um fundo vermelho. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática.
A convite do artista italiano Waldemar Cordeiro (1925-1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta, além de Bienais e Salões Paulista de Arte Moderna. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. No ano seguinte, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit), em São Paulo. Em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel e é convidado pelo designer suíço Max Bill (1908-1994) a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho no museu Helmhaus, em Zurique.
A partir de 1964, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa e constrói trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura civil-militar. Participa da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em 1967, integra a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Retoma a abstração geométrica como tema artístico em 1973, porém com maior liberdade formal.
Ainda na década de 1970, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.
Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.
O artista explora em suas pinturas a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas com base em uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.
Maurício Nogueira Lima tem variada atuação no campo das artes visuais. Suas composições expandem os limites da abstração geométrica e ilustram, entre outros temas, o momento histórico e os ídolos populares dos meios de comunicação de massa de sua época.
MAURÍCIO Nogueira Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6094/mauricio-nogueira-lima>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Com mais de 25 anos de arte, Menelaw já expôs suas obras em países como França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Espanha, Portugal, Itália, Dinamarca, Inglaterra, Estados Unidos, totalizando mais de 40 mostras Internacionais. Alguns de seus trabalhos estão expostos no Consulado Brasileiro em Atlanta, no Museu de Antropologia de Frankfurt, na Alemanha e na Casa das Américas, em Bruxelas; Em 2012, o artista recebeu o Título de Professor Ilustre pela Escola Superior de Belas Artes de São Francisco, Argentina; No ano de 2010 com a Obra Pulando Cordas, adquiriu o Selo da Drouot Paris, Renomada Casa de Leilão Francesa; Em 2008, recebeu a Medalha Thomé de Souza (honraria máxima concedida pela Câmara Municipal de Salvador). No dia 14 de agosto de 2015, Em Sciacca Terme, Sicília, foi inaugurada a Mostra de Arte Permanente Menelaw Sete, no Complexo Monumental Sant’Anna, honraria concedida pelo Governo Italiano.
https://menelaw7arte.wordpress.com/category/vida-e-obra/
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Francisco Biquiba dy Lafuente Guarany (Santa Maria da Vitória, BA, 1884 - Santa Maria da Vitória, BA, 1985). Escultor, marceneiro e carpinteiro. Filho do construtor de barcas Cornélio Biquiba dy Lafuente (1844-1898), recebe do pai o apelido Guarany devido a sua bisavó índia. Com 14 anos, inicia na marcenaria. Constrói madeiramentos de telhados, barris e móveis. Também trabalha com o imaginário, fazendo santos, altares e oratórios domésticos.
Em 1901, realiza sua primeira carranca para a barca Tamandaré. Desde então, elabora carrancas encomendadas pelos comerciantes da Bacia do Corrente. Após ficar dois anos com a família na cidade de Bauru (São Paulo), volta em 1922 para Santa Maria da Vitória e passa a ser conhecido e respeitado como carranqueiro. Até meados de 1940, produz cerca de 80 carrancas encomendadas para as barcas que navegam no Rio São Francisco. Com o fim do ciclo das barcas de remeiros, Guarany para de receber encomendas.
No fim da década de 1940, é descoberto pela imprensa e pela crítica de arte. Em 1947, o jornalista Theóphilo de Andrade escreve o artigo “Carrancas de Proa do São Francisco” na revista O Cruzeiro, publicado junto com imagens do fotógrafo francês Marcel Gautherot (1910-1996). Em 1954, o escultor volta a fazer carrancas sob encomenda para colecionadores. No mesmo ano, algumas delas são exibidas em Salvador, na exposição organizada por Vasconcelos Maia, e no pavilhão de arte popular do Parque Ibirapuera, que sedia os festejos do 4° Centenário de São Paulo. O médico e crítico de arte Clarival do Prado Valladares (1918-1983) dedica às suas carrancas o capítulo “Duendes do São Francisco”, em seu livro Paisagem Redeviva, publicado em 1958.
Dois anos mais tarde, seu trabalho faz parte da exposição A Mão do Povo Brasileiro, organizada pela arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992), no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). As carrancas também ilustram capas dos livros do romancista Osório Alves de Castro (1898-1978), em 1961, e do jornalista Carlos Lacerda (1914-1977), em 1964. Em 1963, o escultor passa a batizar e assinar suas carrancas como “F. Guarany” e recebe, em 1968, o diploma de membro correspondente da Academia Brasileira de Belas Artes.
Em 1972, Guarany ministra palestra sobre as carrancas e o Rio São Francisco na faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Dois anos mais tarde, o engenheiro Paulo Pardal publica seu livro Carrancas do São Francisco, com biografia e comentários sobre a obra de Guarany. Uma exposição homônima é realizada no Masp em 1975. Em 1977, recebe convite para participar da Exposição Internacional de Arte e Cultura Negra, realizada na Nigéria pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Após sua morte, as carrancas são expostas no Museu Flutuante, em Paris, e na Mostra do Redescobrimento, na Bienal de São Paulo, em 2000. Em 2010, o neto de Guarany, Junior Guarany, e o carranqueiro Reinaldo Moreira criam a oficina Francisco dy Lafuente Guarany.
MESTRE Guarany. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa216535/mestre-guarany>. Acesso em: 21 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Michele Carnicelli Sobrinho (Salerno, Itália 1893 - São Paulo SP 1967). Pintor. Chega ao Brasil em 1899, com seis anos de idade. Em São Paulo trabalha por um período na alfaiataria de seu pai, considerada uma das mais importantes da cidade, e forma-se no curso comercial do Mackenzie College. Em 1909 viaja para a Itália e estuda pintura com Ettore Tito (1859 - 1941) na Accademia di Belle Arti di Venezia [Academia de Belas Artes de Veneza]. Passa também um período em Londres e em Paris, cidade que fotografa, e com base nessas fotos ele a retrata, na década de 1940. No início da década de 1920 retorna ao Brasil e passa a conviver com os modernistas e os integrantes da Família Artística Paulista - FAP, entre eles Alfredo Volpi (1896 - 1988) e Bonadei (1906 - 1974). Em 1922 ilustra A Angústia de Don João, poema de Menotti del Picchia (1892 - 1988) publicado pela A Casa Mayença. Em 1937 torna-se membro do Sindicato dos Artistas Plásticos. Na década de 1940 reúne-se em seu ateliê, com freqüência, com os pintores Raphael Galvez (1907 - 1998) e Mario Zanini (1907 - 1971) e com os críticos Sérgio Milliet (1898 - 1966), Quirino da Silva (1897 - 1981), entre outros. Entre 1949 e 1952, ilustra a revista mensal Investigações, publicada pelo Departamento de Investigações da Secretaria da Segurança Pública. Em 1959 Ciccillo Matarazzo (1898 - 1977), fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, doa ao museu duas obras de Mick Carnicelli - Figura num Interior, 1943, e Natureza-Morta com Jarro, 1945 -, posteriormente transferidas ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP.
MICK Carnicelli. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa24105/mick-carnicelli>. Acesso em: 03 de Fev. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Miguel Penha, cuiabano nascido na região do Sucuri em 06/09/1961, seu pai indígena boliviano lavrador e ceramista, sua mãe uma índia bororo. Seu interesse pela arte começou quando criança com dez anos já fazia seus desenhos.
Em 1979 com 18 anos fez um curso de História da Arte em Brasília na Funarte, com o professor e crítico de arte João Evangelista. Em 2009 tem reconhecido seu trabalho nacionalmente com o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, promovido pelo Ministério da Cultura e Fundação Nacional de Arte, nestes 30 anos de carreira participou de diversas exposições e salões de artes, tanto no Brasil como no Exterior.
Com uma vivência direta com a paisagem desenvolveu um gosto pelo naturalismo e como os viajantes que por aqui passaram no Século XVIII, como a expedição Langsdorff, procurou representar a paisagem, aprimorando os conhecimentos e tentando suprir a necessidade iminente do aprisionamento das formas da natureza o que irá incidir em um surpreendente e inesgotável fazer artístico e estético.
Normalmente suas obras são idealizadas a partir de um forte aprisionamento técnico. Sua construção mimética favorece certa alienação. A paisagem recebe um tratamento espacial onde a amplitude sugerida provoca uma expansão da realidade, na dimensão do céu o branco extrapola a volumetria do segundo plano criando uma perspectiva agradável e surreal. O retorcido da vegetação, o cerrado cria movimentos cênicos onde os personagens parecem dançar com a força do vento. Algumas árvores devido ao contorcionismo e ao emaranhado dos galhos flutuam no espaço por sobre a vegetação rasteira.
Percorrendo vários recônditos da paisagem - natural ou construída - do nosso Brasil criou um repertório próprio ao selecionar cenas que afloram em momentos perceptivos e propícios à necessidade.
“Ao me permitir a um tipo de desejo ou eleger esta ou aquela forma de pintura comprometo-me socialmente quando coloco em público o que vêdiz. Não se trata de um mero olhar. Mas de um olhar social, político, econômico e estético que se constrói gradativamente através da carga cultural que nos é impingida pelo processo histórico. Acredito na paisagem como resultado de um olhar cultural, ou seja, o sujeito que olha é um sujeito coletivo, parte de uma sociedade que tem uma história, e de um meio visto como a paisagem/natureza.”
Olhar cultural provoca novas sensações criando mundos imaginários como se fossem reais. O Cerrado de cor quente que se apresenta tem uma força expressiva de viagem mental imaginário ou real sabe se lá. O que importa é que o realismo sugestivo das cores quentes entremeadas ao movimento do capim que coloca em xeque-mate quanto a não existência real da cena chapadense.
Prêmios
2010 - Cultura em Movimento Portal do Ministério da Cultura Seleção da obra Açaizeiro
2009 - Prêmio de Artes Plásticas Marcantônio Villaça Ministério da Cultura, Fundação nacional de Cultura Prêmio Aquisição 5 obras
2009 - Brazilian Art Exhibition Dubai Eric Art Medalha de Bronze
2009 - Art Fair Europe Messe Ostwestfalen Art Fair Europe Medalha de Prata.
Acervo em Instituições
2012 - Acervo Tribunal de Contas: Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso Tela: Palmeira Bacabá 160x120cm OST
2012 - Acervo Tribunal de Contas: Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso tela Bocaiveira 100x200cm OST
2012 - Acervo Tribunal de Contas: Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso tela Fecho do Morro 60x160cm AST
2010 - Acervo permanente do Pavilhão das Artes da Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Mato Grosso tela Caranaí OST, 120x160cm
2009 - Acervo Tribunal de Contas: Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso
2009 - Acervo permanente Galeria de Artes SESC- Arsenal "Tela Açaizeiro" SESC- Arsenal Cuiabá/MT
2009 - Museu de Arte e Cultura Popular "Tela Rio Paciência" Universidade Federal do Estado do Mato Grosso
2004 - Acervo de Obras de Arte do Poder Judiciário de Mato Grosso Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso Cuiabá/MT.
Referências em publicações/ ilustrações em livros e Revistas.
2012 - Ilustração do Livro "A Festa dos Mortos" de João Loureiro
2011 - Encarte do CD Marãiwatsihoiba Marcio Tserehité Tsererã´re FUNARTE
2010 - Macp: animação cultural e inventário de acervo do museu de Arte e de Cultura Popular da UFMT Aline Figueiredo, Humberto Espíndola (orgs) Entrelinhas
2008 - Revista telas Minuano, da Coleção Mania de Pintar Minuano Editora Inovação
2007 - Catálogo da 8º Mostra Artefacto/ Banco Real Artefacto/ Banco Real Artefacto/ Banco Real
2004 - Geologia do continente Sul-americano: evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida (p.45) Fernando Flávio Marques
Fonte: http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/2012/09/miguel-penha-artista-plastico-brasileiro.html
Milton Rodrigues da Costa (Niterói, Rio de Janeiro, 1915 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1988). Pintor, desenhista, gravador, ilustrador. Inicia estudos de desenho e pintura em 1929 com o professor alemão August Hantv. No ano seguinte matricula-se no curso livre de Marques Júnior (1887-1960), na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), que é fechada pela Revolução de 1930. Milton Dacosta, com Edson Motta (1910-1981), Bustamante Sá (1907-1988) e Ado Malagoli (1906-1994), entre outros, cria o Núcleo Bernardelli em 1931. Sua primeira exposição individual ocorre em 1936, no Rio de Janeiro. Nesse ano recebe menção honrosa no Salão Nacional de Belas Artes. Viaja para Estados Unidos em 1945, com o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes do ano anterior. Na cidade de Nova York, estuda na Art's Students League of New York. Em 1946, vai para Lisboa, e conhece Almada Negreiros (1893-1970) e Antonio Pedro (1909-1966). Após visita a vários países da Europa, fixa-se em Paris, onde estuda na Académie de La Grande Chaumière. Conhece Pablo Picasso (1881-1973), por intermédio de Cicero Dias (1907-2003), e frequenta os ateliês de Georges Braque (1882-1963) e Georges Rouault (1871-1958). Expõe no Salon d'Automne e regressa ao Brasil em 1947. Em 1949, casa-se com a pintora Maria Leontina (1917-1984) e passa a residir em São Paulo. Na década de 1950, desenvolve uma obra de cunho construtivista, característica que muda na década seguinte; retorna ao figurativo com a série de gravuras coloridas em metal com o tema Vênus.
MILTON Dacosta. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1612/milton-dacosta>. Acesso em: 21 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Myrrha Dagmar Dub (Zurique, Suíça, 1919 - São Paulo, São Paulo, 1988). Desenhista, pintora, escultora. Muda-se para Milão, Itália, na década de 1930, onde estuda arte e filosofia. Abandona os estudos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Estabelece-se em Roma em 1946, e, em 1949, obtém permissão para mudar-se para o Brasil. Fixa residência em Porto Alegre, onde trabalha com design gráfico, faz pintura, escultura de cerâmica, poemas e restauro de imagens barrocas, assinando com seu nome de casada Mirra Hargesheimer. Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, permite contato com experiências internacionais e a inserção na cena nacional. Dois anos depois muda-se para São Paulo e adota o sobrenome Schendel.
Na década de 1960 realiza desenhos em papel de arroz. Em 1966, cria a série Droguinhas, elaborada com papel de arroz retorcido e trançado, que é apresentada em Londres, na Galeria Signals, por indicação do crítico de arte Guy Brett (1942). Nesse ano, passa por Milão, Veneza, Lisboa e Sttutgart. Conhece o filósofo e semiólogo Max Bense (1910 - 1990), que contribui para a realização de sua exposição em Nurembergue, Alemanha, e é autor do texto do catálogo. Em 1968 começa a produzir obras utilizando o acrílico, como Objetos Gráficos e Toquinhos. Entre 1970 e 1971, realiza um conjunto de 150 cadernos, desdobrados em várias séries.
Na década de 1980, produz as têmperas brancas e negras, os Sarrafos e inicia uma série de quadros com pó de tijolo. Após sua morte, muitas exposições apresentam sua obra dentro e fora do Brasil e, em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo lhe dedica uma sala especial. Em 1997, o marchand Paulo Figueiredo doa grande número de obras da artista ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).
MIRA Schendel. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2450/mira-schendel>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Nascida no dia 18 de fevereiro em São Paulo, Miriam iniciou seus estudos artísticos aos 13 anos na cidade natal. Estudou com vários professores, entre eles Constantino Bolognesi, J. Pallud e Angel San Martin. Desde 1996 participa do Ateliê do artista plástico Sérgio Fingerman.
Sua pintura é direta, motivada pela necessidade de mexer com as cores e suas combinações. Além da cor, a artista imprime em seus trabalhos símbolos geométricos que são formas sugeridas que se repetem nos outros quadros, tornando - se assim uma característica de linguagem.
Para ela a pintura é um eterno processo de busca e descoberta em que a intuição tem uma força preponderante. Quanto mais relaxamento e concentração, mais as novas formas se harmonizam. A liberdade resultante do trabalho de criação da artista é indescritível, principalmente porque ela se multiplica produzindo um prazer inenarrável.
Cronologia:
1986 - Coletiva no Salão de Outono de Santo André, SP Medalha de Bronze
Coletiva no Salão de Artes Plásticas de Araraquara, SP
Coletiva no Salão Leonístico e na Secretaria Municipal de Santos, SP.
1987 - Coletiva na Mostra de Arte Brasil - Holanda em Amsterdan
Coletiva de Obras Premiadas do Salão de Outono, Santo André Medalha de Ouro
Coletiva no Instituto Nacional Arqueológico em La Paz, Bolívia.
1988 - Coletiva na Casa da Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, RS Menção Honrosa
Exposição Individual na Galeria Arte Jasmim
Coletiva de 3 Artistas no Salão Ariosto Mila na Casa da Cultura de Jundiaí, com o apoio da Prefeitura
Coletiva na Prefeitura da Cidade do México, Centro cultural José Hidalgo Medalha de Bronze
Coletiva na Faculdade São Judas Tadeu, Medalha de Prata
Coletiva em Marabá, Pará Menção Honrosa.
1989 - Exposição Individual no Hotel Crowne Plaza
Coletiva no Instituto Nacional de Cultura em Cuzuco, Peru
Exposição Individual em Miami, Flórida, no Restaurante Dês Arts.
1990 - Exposição Individual na Galeria Campo da Artes da COSESP.
1991 - Exposição Individual na Galeria de Artes do Clube A Hebraica de São Paulo.
1994 - Exposição Individual no Centro de Convenção B nai B rith
1996 - Exposição Individual no Espaço Paulista de Arte
2001 - Exposição no Art Hall da Galeria A Hebraica
2001 - Passa a fazer parte do acervo do Espaço Arte M. Mizrahi.
https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Miriam%20Nigri%20Schreier/
Mitsutaka Kogure nasceu em 1938, em Gunma, Japão, e morreu em São Paulo, em 2002. Veio para o Brasil em 1960, fixando residência na capital paulista, onde instalou o seu próprio ateliê. Sua primeira exposição, intitulada Hakugitsu, foi realizada no Museu de Arte de Tóquio, no ano de 1955, seguindo-se sua participação no 2º Salão Shinseiki, naquele mesmo museu, em 1957.
Participou, ainda, das seguintes exposições: Salão Seibi (1960 e 1968); Aliança Cultural Brasil-Japão, Museu de Arte de São Paulo (1961); VII Bienal de São Paulo (1963); Salão Esso, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1965); Salão de Abril, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1966); Galeria Azulão, São Paulo (1968); Aliança Francesa de Santos e Galeria Fujigo Cetan, Japão (1972, 1973 e 1976); Galeria Orientaru Nakamura, Nagóia, Japão (1976); Exposição de Belas Artes Brasil-Japão (1977); "Imigração 70", Centro Campestre do Sesc (1978); Gunma Kenmem Kaikan Maebasi, Japão (1981); Mostra do Museu de Arte de São Paulo no Japão (1982); "Panorama 83", Museu Central de Tóquio, Japão (1983); Galeria Paulista, São Paulo, e Takasaki Suzuran Depato, Japão (1984 e 1985); Outa Simin Kaikan, Gunma, Japão (1987); Artistas Nikkeys dos Estados Unidos e do Brasil, São Paulo, e 40° Aniversário de Fundação do Jornal Paulista (1987).
Entre seus prêmios destacam-se: Prêmio Prubbu, Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1955); Prêmio Doryoku-sho, Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1958); Medalha de Prata, Salão Seibi, São Paulo (1963); Prêmio Doryoku e Holbein, 14º Salão Icen Bigitsu I. N. Museu de Arte de Tóquio, e Medalha de Ouro, Salão Seibi, São Paulo (1964); Prêmio Singin, 15º Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1965); Prêmio Cultura, 16º Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte Tóquio (1966); Prêmio Singin, 17° Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1967); Prêmio 20° Aniversário, Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1970); Medalha de Ouro, Salão Bunkyo, "150 Anos de Independência do Brasil" (1972); Grand Prix e Aoikoguesha, 23° Salão Icen Bigitsu, Museu de Arte de Tóquio (1973); Prêmio Yomiuri, Salão de Gunma, Museu de Arte Moderna, Gunma (1976).
Quando da visita ao Brasil da princesa Sayaka, do Japão (1995), e de membros da família imperial japonesa (1997), foram doadas obras especialmente encomendadas ao artista.
Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Japão, China, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
www.al.sp.gov.br/noticia/?id=276614
No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!
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