Daniel Senise Portela (Rio de Janeiro RJ 1955). Pintor e gravador. Em 1980, ingressa como aluno na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), onde, entre 1986 e 1991, leciona no Núcleo de Pintura. Estuda com John Nicholson (1951) e Luiz Aquila (1943), e participa da exposição Como Vai Você Geração 80?. Realiza sua primeira exposição individual na Galeria do Centro Empresarial Rio, em 1984, e, no mesmo ano, integra o Ateliê da Lapa, com Angelo Venosa (1954), Luiz Pizarro (1958) e João Magalhães (1945). Seu reconhecimento ocorre em 1985, ao ser apresentado, com outros artistas, na Grande Tela da 18ª Bienal Internacional de São Paulo. No ano seguinte, recebe medalha de ouro na 1ª Bienal Latino-Americana de Arte sobre Papel. Em 1997, atua como coordenador das galerias do Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro. Em 1998, é publicado o livro Daniel Senise: Ela que não Está, pela Cosac & Naify, com textos de Ivo Mesquita, Dawn Ades e Gabriel Pérez-Barreiro, e, em 2002, o livro The Piano Factory, pela Andrea Jakobsson Estúdio Editorial, com textos de Agnaldo Farias e Alexandre Mello sobre a produção mais recente do artista.
Comentário Crítico
Daniel Senise ingressa, em 1980, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, onde é aluno de John Nicholson e Luiz Aquila. Passa a lecionar nessa escola, entre 1986 e 1991. Na década de 1980, freqüenta o ateliê de pintura livre de Luiz Aquila e integra, com Angelo Venosa, Luiz Pizarro e João Magalhães, o Ateliê da Lapa. Participa, em 1984, da mostra Como Vai Você, Geração 80?, exposição que reúne artistas de várias tendências artísticas do momento, com objetivo de revalorizar a pintura, pesquisando novas técnicas e materiais. Participa, desde então, de importantes exposições nacionais e internacionais. O artista mantém ateliê no Rio de Janeiro e em Nova York.
No início da carreira, Senise produz obras com paisagens povoadas por formas volumosas, que ocupam a quase totalidade da tela. Esses objetos impõem-se como presenças monumentais, mas são vazios de conotações temáticas. Como observa o crítico Fernando Cocchiarale, a pintura de Senise caracteriza-se pela ambigüidade - o artista revela e oculta, ao mesmo tempo, imagens de objetos que se aproximam daqueles cotidianos, mas não podem ser facilmente identificados. A dramaticidade de suas obras iniciais é determinada pela forma como ele articula as imagens com um tratamento volumétrico vigoroso e uma gama cromática soturna, como ocorre em Coração ou em Sax (ambas de 1985).
A partir da metade da década de 1980, a figura não é mais tão determinante em suas telas e o uso da cor diversifica-se. O artista passa a adicionar registros da impressão de elementos extrínsecos a sua obra. Em muitos trabalhos, prepara a tela com pigmentos e a estende, ainda úmida, sobre o piso do ateliê. Ao ser descolada do chão, ela retém na superfície a marca, como uma impressão, das rugosidades do piso, incorporando também resquícios de telas anteriores. O quadro é então retrabalhado.
Senise produz um repertório de imagens que parecem desgastadas pela ação do tempo. A partir de 1989, o artista passa a adotar, entre outros procedimentos, o uso de pregos de ferro, que deixam nas telas as marcas da oxidação. No quadro São Sebastião (1991), a corda crivada de pregos é empregada como símbolo do santo, trespassado de flechas. Em outras obras, emprega tintas prateadas, industriais, porque evocam uma memória distante e a sensação da imagem fotográfica.
A paisagem e a perspectiva são também temas para o artista, em obras como Altivez na Velocidade (1997), um díptico no qual insere objetos de madeira sobre a tela, que comentam a perspectiva da paisagem, inspirada no quadro A Avenida, Middelharnis, do pintor holandês Hobbema (1638-1709).
As pinturas de Senise estabelecem, portanto, uma relação direta com a história da arte, com o universo das imagens e a maneira como este é percebido. Incorporando à tela a rugosidade do piso, objetos de uso cotidiano, pó de ferro, objetos de chumbo ou tecidos como voile, algumas obras apresentam superfícies densamente trabalhadas enquanto outras possuem camadas de tinta quase etéreas. Para a crítica inglesa Dawn Ades, sua pintura pode ser compreendida em termos de equilíbrio e peso, e de presença e ausência de objetos. Suas imagens abrem-se a um vasto campo de experiências e evocações materiais e poéticas.
Referência: Itaú Cultural
No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!
Danilo di Prete (Pisa, Itália 1911 - São Paulo, São Paulo, 1985). Pintor, artista visual, ilustrador e cartazista. Autodidata, inicia carreira aos 20 anos, na Itália. Integra, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Grupo de Artistas Italianos em Armas e, com eles, ilustra episódios da guerra na Albânia, Grécia e Iugoslávia. Sua pintura no período é figurativa, e entre os temas que explora fora do grupo predominam marinhas, naturezas-mortas e retratos. Chega ao Brasil em 1946, fixa-se em São Paulo, e por quatro anos dedica-se à atividade publicitária. Em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e conquista o prêmio nacional de pintura, com o quadro Limões. Motivado a trazer artistas do pós-guerra europeu ao Brasil, ele teria sugerido a Ciccillo Matarazzo (1898 - 1977) a idéia de uma bienal nos moldes da de Veneza. O artista não é citado por Yolanda Penteado (1903 - 1983), esposa de Matarazzo, em suas memórias, nem por Antonio Bivar (1939), seu biógrafo, mas é consenso que ele atua no planejamento da exposição. Participa de outras doze bienais. Em 1965, volta a receber o prêmio nacional de pintura, na 8ª Bienal Internacional de São Paulo.
Análise
Embora às vezes trabalhe com composições futuristas, Danilo Di Prete está distante do universo temático desse movimento. Mas, segundo o crítico Mário Pedrosa, é influenciado pelos "esquemas colorísticos vibrantes do futurismo". Ainda assim, algumas de suas pinturas, como Cogumelos (1945), e Cabinas na Praia de Viareggi (1946), ambas pertencentes ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), operam mais com transições entre tons escuros e a indefinição nas formas que essas transições sugerem do que com as cores fortes e superfícies delimitadas do futurismo.
A obra Marinha, década de 1950, mostra um barco elevado por dois cavaletes na areia. O verde que toma parte do casco está em contraste com os tons quase pastel que preenchem a atmosfera, unindo de maneira sutil as formas da embarcação e da praia às cores e mudanças de tonalidades. Esse movimento de aproximação quase intimista do espectador à obra pode ser verificado de forma acentuada na tela Limões, vencedora, em 1951, do prêmio nacional de pintura da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Uma natureza-morta em que predomina o contraste entre a forma dos objetos e sua disposição na perspectiva do quadro, e entre a intensidade do verde e as transições tonais entre o ambiente, a mesa e os objetos dispostos sobre ela.
A década de 1960 representa uma ruptura na trajetória do artista, que abandona o figurativismo e passa a criar exclusivamente telas abstratas. Igualmente radical é a mudança temática em sua obra. Seus quadros agora retratam superfícies planetárias, astros e o cosmos. Vale notar que a busca por uma pintura "planetária e cósmica" coincide com o início da corrida espacial empreendida pela União Soviética e Estados Unidos. Progressivamente, as pinturas vão ganhando arame, nylon, cano, lâmpada e outros objetos. Di Prete começa a usar suportes menos tradicionais, como caixas e superfícies plásticas, que conferem uma dimensão tátil à obra e mais peso a noção de movimento. A dinâmica das linhas torna-se mais ágil e os materiais de ferro, quando dobrados, provocam tensão no quadro de tal maneira que essas superfícies colocam os demais elementos em estado de quase agitação. Há algo de exaltação tecnológica nesse procedimento, lembrando a própria mecânica de foguetes e satélites, como é o caso do relevo Paisagem Cósmica 2, de 1967. O quadro é uma profusão de linhas e curvas que remetem aos mais variados corpos celestes. E se, por um lado, os objetos afixados na tela afirmam o novo horizonte científico que se abre na época, por outro, apontam para uma experiência artística, chamada por ele de "arte total", cada vez mais evidente em sua obra.
Se antes o movimento é fruto da tensão entre os objetos, os suportes e as formas no quadro, em meados da década de 1970, Di Prete o revela de forma mais aparente, ao incorporar saídas de ar, luzes, sons e outros apetrechos às obras. Os motores e aparelhos eletrônicos ainda reforçam a idéia de tecnologia, presente desde seus primeiros trabalhos abstratos, mas a questão central do artista agora é a busca por uma experiência na qual o espectador, imerso em luzes piscantes, sons e imagens, apreenda o movimento das formas que a pintura tradicional já não pode mais expressar.
DANILO Di Prete. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18751/danilo-di-prete>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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DARCY PENTEADO (NSCEU EM: 1926, SÃO ROQUE, SP – FALECEU EM: 1987, SÃO ROQUE, SP)
ARTISTA MULTIFACETADO, ATUANDO COMO PINTOR, ILUSTRADOR, CENÓGRAFO, FIGURINISTA E ATIVISTA SOCIAL. INTEGRANTE DO GRUPO NOVÍSSIMOS, REALIZOU SUA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL EM SÃO PAULO, EM 1949. NA DÉCADA DE 1950, VENCEU O CONCURSO PARA O CARTAZ DA 1ª BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO E RECEBEU PRÊMIOS COMO O DE MELHOR FIGURINISTA DA BIENAL E O PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO. TAMBÉM ILUSTROU OBRAS LITERÁRIAS DE AUTORES RENOMADOS COMO JORGE AMADO E GRACILIANO RAMOS.
EM 2016, SUA OBRA FOI CELEBRADA NA EXPOSIÇÃO “DARCY PENTEADO, O OBSERVADOR DO HUMANO”, NO MUSEU DA DIVERSIDADE SEXUAL, DESTACANDO SUA VISÃO INCLUSIVA E HUMANISTA.
Darel Valença Lins (Palmares, Pernambuco, 1924 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017). Gravador, pintor, desenhista, ilustrador, professor. Estuda na Escola de Belas Artes do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre 1941 e 1942, e atua como desenhista técnico. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1946. Estuda gravura em metal com Henrique Oswald (1918-1965) no Liceu de Artes e Ofícios, em 1948. Dois anos depois, entra em contato com Oswaldo Goeldi (1895-1961).
Atua como ilustrador em diversos periódicos, como a revista Manchete e os jornais Última Hora e Diário de Notícias. Entre 1953 e 1966, encarrega-se das publicações da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. Com o prêmio de viagem ao exterior, recebido no Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) do Rio de Janeiro, em 1957, viaja para a Itália, onde permanece até 1960. Ilustra diversos livros, como Memórias de um Sargento de Milícias, 1957, de Manuel Antônio de Almeida (1831-1861); Poranduba Amazonense, 1961, de Barbosa Rodrigues (1842-1909); São Bernardo, 1992, de Graciliano Ramos (1892-1953); e A Polaquinha (2002), de Dalton Trevisan (1925).
Leciona gravura em metal no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1951; litografia na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1955 e 1957; e na Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, de 1961 a 1964. Entre 1968 e 1969, realiza painéis como os do Palácio dos Arcos, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
Em 2015, é lançado o documentário Mais do eu possa me reconhecer, dirigido por Allan Ribeiro. Filmado no apartamento do artista no Rio de Janeiro, o filme conta a rotina do artista, que apesar de intensa produção de gravuras, passa a se dedicar a videoarte
DAREL . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa5637/darel>. Acesso em: 06 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Dario Mecatti (Florença, Itália, 1909 - São Paulo, SP, 1976). Pintor e desenhista. Em torno de 1927, pinta cartazes para a sala de cinema de seu primo, em Florença. Recebe orientação artística do pintor e professor italiano Camillo Innocenti (1871-1961), embora não se matricule em nenhum curso oficial. Em 1933, realiza sua primeira exposição, em Florença, viajando em seguida para o Norte da África, onde percorre países como Líbia, Tunísia, e Argélia. Realiza exposições em algumas das cidades por onde passa. Entre 1936 e 1939 visita o Marrocos, onde produz diversos trabalhos retratando os costumes da região. Em 1939, viaja para a Ilha de São Miguel, nos Açores.
No ano seguinte, viaja para o Brasil ao lado dos pintores Renzo Gori e Silvio Nigri. Desembarca no Rio de Janeiro, onde realiza exposição na Sociedade Brasileira de Belas Artes. Viaja pelas cidades mineiras de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Ouro Preto e se muda, no final de 1940, para São Paulo. Entre 1941 e 1945, trabalha na Galeria Fiorentina. Participa do 7º Salão Paulista de Belas Artes, em 1941, recebendo pequena medalha de prata. Em 1945, se casa com a pintora Maria da Paz. Em 1946, constrói sua casa-estúdio, onde realiza exposições individuais anuais.
Em 1947, faz sua primeira viagem de volta à Itália, passando a viver e expor alternadamente no Brasil e na Europa. Durante as décadas de 1940 e 1950, expõe em diversas cidades brasileiras, além de realizar mostras em Buenos Aires e Montevidéu. Na Europa, expõe em Barcelona, Lisboa, Florença, Milão, San Remo e Berlim. Entre 1969 e 1976 é artista exclusivo da Galeria Irlandini, no Rio de Janeiro, que apresenta regularmente seus trabalhos. Em 1978, recebe homenagem póstuma no 42º Salão Paulista de Belas Artes.
Comentário crítico
Embora também tenha produzido retratos, paisagens e naturezas-mortas, a carreira de Dario Mecatti se configura principalmente em torno da pintura de gênero. Nas viagens realizadas pelo Norte da África durante a década de 1930, o pintor estabelece um repertório que o acompanha pelo menos até década de 1950, quando já vive no Brasil. Nesses trabalhos, figuram cenas típicas do cotidiano das cidades árabes visitadas, que registram a agitação de feiras e mercados a céu aberto, pescadores saindo para o trabalho no cais, o movimento de transeuntes em estreitas ruelas ou sob arcadas ogivais, elementos comuns da configuração arquitetônica da região. Por vezes, o artista procura também temas característicos, como uma caravana de beduínos no deserto ou cenas de dança de odaliscas.
Do ponto de vista formal, é notável certa filiação ao grupo de pintores italianos conhecido como macchiaioli, surgido em Florença na metade do século XIX, como reação à rigidez dos padrões acadêmicos. De acordo com o historiador da arte G. C. Argan, esse grupo apresenta um tipo de compreensão da pintura como "manchas coloridas de luz e sombra",1 pautada num enfrentamento direto e sincero com a realidade. As obras de Mecatti até a década de 1950 compartilham esses princípios, o que permite perceber que, embora figurativa e dentro dos gêneros tradicionais da arte, seria um equívoco considerá-las "acadêmicas". A partir da década de 1960, aquele enfrentamento cede lugar à geometrização das figuras, como casarios construídos sobre encostas, numa assimilação tardia de aspectos das vanguardas modernas.
Nota
1 ARGAN, Giulio Carlo. História da arte italiana: de Michelangelo ao futurismo. v. 3, trad. Wilma de Katinzky. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
DARIO Mecatti. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9985/dario-mecatti>. Acesso em: 04 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Darío Perez-Flores (Valera, 1936). Artista plástico, escultor.
Estudou na Escola de Belas Artes, Valencia, Venezuela, entre 1957 e 1961, e na Universidade Central-Venezuelana entre 1965 e 1969.
Mudou-se para Paris em 1970, onde estou até 1973, e onde vive e trabalha até hoje.
Cronologia/Exposições:
Luz, Cor e Movimento (2008 : São Paulo, SP) - Coletiva
Olhares Detidos (2010 : São Paulo, SP) - Coletiva
https://www.guiadasartes.com.br/dario-perez-flores
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DI CAVALCANTI (NASCEU EM: 1897, RIO DE JANEIRO,RJ - FALECEU EM: 1976, RIO DE JANEIRO,RJ). PINTOR, ILUSTRADOR, CARICATURISTA, GRAVADOR, MURALISTA, DESENHISTA, JORNALISTA, ESCRITOR E CENÓGRAFO.
FOI UM DOS MAIS IMPORTANTES ARTISTAS BRASILEIROS DO SÉCULO XX. FOI UM DOS ORGANIZADORES DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922, UM MARCO PARA A CULTURA BRASILEIRA. SUA OBRA, MARCADA POR UM FORTE NACIONALISMO, RETRATOU O COTIDIANO BRASILEIRO COM CORES VIBRANTES E FORMAS EXPRESSIVAS. INFLUENCIADO POR MOVIMENTOS COMO O CUBISMO E O EXPRESSIONISMO, DI CAVALCANTI CRIOU UM ESTILO PRÓPRIO, RECONHECIDO POR SUAS REPRESENTAÇÕES DE FIGURAS POPULARES, COMO MULATAS, SAMBISTAS E TRABALHADORES.
Dina Oliveira (Belém, Pará, 1951). Pintora e desenhista. Formada em arquitetura pela Universidade Federal do Pará (UFPA), expõe pela primeira vez em 1965, no Salão de Artes Plásticas da UFPA. Em 1968, recebe o Prêmio Caju de Prata no 1º Simpósio da Juventude Amazônica.
Participa, ao longo da década de 1980, de salões em diversas cidades brasileiras, sendo premiada no 38º e 40º Salão Paranaense (Curitiba, 1981 e 1983); no 35º e 36º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife, 1982 e 1983); e em três edições do Salão Arte Pará, (Belém, 1982, 1986 e 1987). Recebe, em 1986, o Prêmio Revelação - Pintura, concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, pela exposição individual realizada na Galeria Paulo Prado (São Paulo, 1985). Mestre em estruturas ambientais urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), torna-se professora de arte na UFPA. Ocupa o cargo de superintendente da Fundação Curro Velho, Belém.
DINA Oliveira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8496/dina-oliveira>. Acesso em: 05 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Dionísio del Santo (Colatina, Espírito Santo, 1925 - Vitória, Espírito Santo, 1999). Pintor, desenhista, gravador, serígrafo. Estuda no Seminário São Francisco de Assis, em Santa Teresa, Espírito Santo, entre 1932 e 1939. No começo da década de 1940, realiza seus primeiros desenhos. Transfere-se para o Rio de Janeiro em 1946, onde começa a pintar. Freqüenta aulas de modelo-vivo e de teoria das cores na Associação Brasileira de Desenho (ABD). Atua em publicidade e artes gráficas.
Em 1952, passa a trabalhar com xilogravura e serigrafia, e nesta técnica possui expressiva produção. Do fim dos anos 1950 até a metade da década seguinte, suas obras se aproximam dos princípios do movimento concreto. No entanto, mantém-se afastado do debate entre concretos e neoconcretos. Entre 1964 e 1966, produz trabalhos a guache, nos quais associa geometria e figura. Realiza sua primeira exposição individual, em 1965, na Galeria Relevo, no Rio de Janeiro.
Desde a metade da década de 1960, dedica-se à arte abstrata, realizando principalmente obras em serigrafia. Em 1967, recebe o prêmio aquisição na 9ª Bienal Internacional de São Paulo. Na década de 1970, destaca-se em sua produção pictórica a série Cordéis, na qual se nota a influência da arte cinética. Em 1975, recebe o Prêmio de Melhor Exposição de Gravura do Ano, da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Realiza mostras retrospectivas no Paço Imperial, no Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), entre 1989 e 1990, e no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), em 1998. Mais de 70 obras do artista, entre serigrafias e xilogravuras, integram o acervo do Maes.
Análise
A obra de Dionísio del Santo situa-se entre a geometria e a figuração. No começo da década de 1950, realiza xilogravuras figurativas, que remetem à origem rural do artista. Começa a apresentar mais simplificação formal e o interesse pela geometria em suas pinturas. São dessa fase telas em vermelho, branco e negro, ou apenas em branco, nas quais constrói o espaço pictórico com poucas linhas.
Em serigrafias do fim da década de 1950 e começo da seguinte, cria formas geométricas por meio de linhas que percorrem toda a superfície gravada, explorando a contraposição entre cheio e vazio ou positivo e negativo. Dessas composições puramente lineares, como nota o crítico de arte Reynaldo Roels Jr., começam a aparecer versões diferentes, em que se altera o tratamento das linhas ou o jogo cromático. O artista trabalha por várias vezes as mesmas estruturas formais, diversificando as técnicas utilizadas, como desenho, pintura ou relevo pintado. Em algumas obras realizadas na década de 1970, insere cordas ou cordéis na superfície da composição. Esses trabalhos, que se encontram entre o relevo e a pintura, representam um ponto importante de suas pesquisas ligadas à arte cinética, revelando afinidade com a produção dos artistas venezuelanos Jesús Rafael Soto e Carlos Cruz-Diez.
Sua atividade no campo da serigrafia é tão especial, como nota Roels, que merece um destaque particular em sua trajetória. O artista explora a técnica com grande refinamento e utiliza-a também como um campo experimental para suas produções. Ministra diversos cursos em que incentiva o uso da serigrafia, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage). Na década de 1990, Del Santo começa a trabalhar com formas mais complexas e uso intenso da cor.
DIONÍSIO del Santo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa7878/dionisio-del-santo>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
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Djanira da Motta e Silva (Avaré, São Paulo, 1914 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1979). Pintora, desenhista, cartazista e gravadora. Cresce em Porto União, Santa Catarina. Muda-se para São Paulo em 1932. Em 1937, é internada com tuberculose em sanatório de São José dos Campos, no qual começa a desenhar. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1939 e abre uma pensão no bairro de Santa Teresa, onde convive com artistas modernos como Milton Dacosta (1915-1988), a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), o húngaro Arpad Szènes (1897-1985), o Carlos Scliar (1920-2001) e o romeno Emeric Marcier (1916-1990). Também em 1939 assiste a aulas de pintura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.
Em 1942, expõe pela primeira vez na Divisão Moderna do Salão de Belas Artes e no ano seguinte , faz sua primeira individual no edifício da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. Em 1943, participa da exposição Pintura Moderna Brasileira na Royal Academy of Arts, em Londres, Inglaterra. Nessa época, também expõe suas obras na Argentina, no Uruguai e no Chile. Entre 1944 e 1947, mora nos Estados Unidos.
Em 1946, realiza exposição individual na New School for Social Research, em Nova York, e expõe em Washington e Boston. Também participa da exposição de Arte Moderna no Musée National d'Art Moderne [Museu Nacional de Arte Moderna], em Paris. Após voltar ao Brasil conhece, em 1950, o poeta e historiador José Shaw da Motta e Silva (1920- s/d), com quem se casa. Nos anos 1950 e 1960, além de participar de diversas exposições, realiza projetos como: o mural Candomblé (1957), para a casa do escritor Jorge Amado (1912-2001); os azulejos da Capela de Santa Bárbara (1958), Rio de Janeiro; e as ilustrações do livro Campo Geral (1964), do escritor Guimarães Rosa (1908-1967). Em 1977, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, promove retrospectiva de sua trajetória. Após sua morte, seus quadros são expostos em diversas exposições nacionais e internacionais. No acervo do MNBA estão abrigadas 813 de suas obras.
DJANIRA . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9397/djanira>. Acesso em: 29 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
O Doma, formado por Mariano Barbieri, Julian Pablo Manzelli ( Chu ), Matias Vigliano (Parquerama) e Orilo Blandini, atingiu a maioridade em 1998 em meio ao colapso político e econômico argentino, imediatamente assumindo uma postura crítica, embora otimista e divertida, contra os ambiente caótico que experimentaram. O coletivo cria universos e personagens conceituais fantásticos, absurdos e muitas vezes lúdicos que fazem uma referência direta à sociedade em que vivem.
As primeiras intervenções urbanas de Doma fizeram do grupo um dos coletivos mais importantes de Buenos Aires na década de 1990. Conhecido por instalações urbanas malucas que chamam a atenção, bem como estênceis, projeções de rua e estranhas campanhas à beira da arte performática, Doma virou forte conteúdo social e político de ponta-cabeça para provocar seu público.
Atualmente, Doma trabalha com diversas mídias, principalmente audiovisuais, criando animações, filmes, desenhos, serigrafias e esculturas, que costumam fazer parte de grandes instalações.
Texto traduzido de: graffitimundo.com/uncategorised/doma/
Domenico Serio Calabrone (Aieta, Itália 1928 - São Paulo SP 2000). Escultor, pintor, gravador, designer de jóias e cenógrafo. Entre 1948 e 1951, freqüenta as aulas do Liceu Clássico, em Roma, com especialização em técnicas de fundição, mosaico e cerâmica. Transfere-se em 1954 para São Paulo, onde, dois anos depois, realiza sua primeira mostra individual na Galeria Art's Store. Em 1963, expõe na 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, em São Paulo. Em 1965, participa do 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Apresenta trabalhos no Panorama de Arte Atual Brasileira do MAM/SP, em 1975 e 1978. Em 1986, recebe o Prêmio Internacional da Escultura Contemporânea, em Cassano Jonio, Itália. Ainda na década de 1980, interessa-se pela arte fractal. Em 1990, recebe prêmio aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Santo André, São Paulo; em 1991, é agraciado com sala especial no Salão Paulista de Arte Contemporânea e, em 1994, ganha o 41º Prêmio Internazionale di Pinttura Cittá di Pizzo, em seu país natal. Expõe em individuais no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA), em Salvador, em 1963; no MAM/RJ, em 1965 e 1966, e no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC/Campinas), em 1992 - esta sua última individual. Participa da Bienal Internacional de São Paulo de 1963 a 1991, do Salão Paulista de Arte Moderna entre 1962 e 1964 e do Salão Paulista de Arte Contemporânea em 1987.
DOMENICO Calabrone. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9695/domenico-calabrone>. Acesso em: 12 de Fev. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
DURVAL PEREIRA (NASCEU EM: 1918, SÃO PAULO – FALECEU EM: 1984, SÃO PAULO)
DESTACADO PINTOR IMPRESSIONISTA BRASILEIRO, CONHECIDO POR PAISAGENS QUE RETRATAM O INTERIOR RURAL E O LITORAL BRASILEIRO, ALÉM DE NATUREZAS-MORTAS E MARINHAS. SUAS OBRAS APRESENTAM UMA PALETA VIBRANTE E UMA TÉCNICA REFINADA QUE CAPTURAM CENAS DO COTIDIANO, COMO LAVRADORES, JANGADAS E PAISAGENS DE CIDADES COMO SANTOS E ITANHAÉM. RECEBEU DIVERSOS PRÊMIOS, COMO O 1º LUGAR NA III BIENNALE MONDIALE DES MÉTIERS D’ART, EM NICE (1983), E A GRANDE MEDALHA DE OURO NO SALÃO INTERNACIONAL DE PARIS (1981). PARTICIPOU DE IMPORTANTES SALÕES NO BRASIL E NO EXTERIOR, E SUAS OBRAS INTEGRAM COLEÇÕES PRESTIGIADAS, COMO O PALÁCIO DO ITAMARATY E MUSEUS NA FRANÇA, ALEMANHA E ITÁLIA.
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